Spray de motorista acusado por passageira e expulso do Uber era álcool concluiu perícia da polícia, após alsa denúncia

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O Spray usado dentro do veículo por motorista de aplicativo acusado por engenheira de dopá-la era na verdade álcool, conclui perícia.

O motorista do Uber acusado por uma engenheira de tê-la dopado durante uma corrida entre São Conrado, na Zona Sul do Rio, e a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, teria usado na verdade, álcool 70%, concluiu a perícia da polícia civil do Rio de Janeiro.

O proprio condutor do veículo havia afirmado que o spray mencionado pela acusadora era álcool 70% para higiene das mãos e do ambientecontra a covid-19.

O motorista Paulo Sérgio Alves foi banido da plataforma mesmo tendo negado crime e mesmo sem a suposta vítima ter apresentado sequer uma prova.

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“Eu jamais faria isso com alguém. Não é do meu feitio… A substância era álcool 70. É uma medida para prevenir a Covid-19. Creio que todos os motoristas tenham dentro dos seus carros”, afirmou Paulo Sérgio.

Em depoimento na 12ª DP (Copacabana), onde o caso foi registrado pela mulher de 35 anos como fato atípico, o homem de 37 contou que, quando chegavam na Avenida Armando Lombardi, por volta de 10h45 da última segunda-feira, dia 2, ela pediu que ele parasse em um posto de gasolina.

No local, a passageira teria dito que iria até à loja de conveniência comprar água, mas não teria demonstrado nenhum incômodo, e cancelou a viagem.

De acordo com o motorista, ele trabalha como motorista de aplicativo há aproximadamente cinco anos, tendo realizado mais de 12 mil corridas nesse período e sendo classificado com pontuação 4,94 dentro de uma escala de até 5.

O profissional disse ter pegado a engenheira na Avenida Prefeito Mendes de Morais e a corrida seguiu “de forma normal”. Após parar o carro no posto, ele disse ter pensado que o cancelamento da viagem seria um “erro do sistema” e ainda a esperou “por um tempo”.

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No depoimento, o motorista disse ainda que, durante todo o trajeto, a passageira estava no celular. Perguntado sobre a utilização do álcool 70%, ele respondeu que tem o hábito de fazer isso em todas as corridas. Também na delegacia, a engenheira relatou que, a partir do momento que ele “passou o spray”, passou “muito mal”, com queda de pressão, princípios de desmaios e sensação de que o corpo estava quente.

A engenheira relatou ainda que, ao perceber que ia desmaiar, abaixou a janela em que estava. Segundo ela, o motorista de imediato, a teria questionado o motivo de abrir o vidro e a alertado de que o ar condicionado estava ligado. A passageira relatou ter “ficado com muito medo” e acreditado que ele poderia ter lançado a substância para desacordá-la e fazer algo contra ela.

“Acontece isso e ficamos com vergonha. Eu não iria fazer esse boletim de ocorrência. Publiquei nas redes sociais e mais de dez meninas me procuraram contando que foram vítimas desse mesmo modo. Mas elas não quiseram levar à frente. É um spray e as pessoas ficam em dúvida se foram dopadas ou não. Por isso, elas deixam para lá, pensam que serão chamadas de loucas. Eu até não iria registrar o boletim de ocorrência, mas é importante levar isso à polícia”, disse a engenheira na ocasião.

Na 12ª DP, a passageira relatou ainda que, quando estava no carro de aplicativo, sentiu um “cheiro muito forte” que em nada “se parecia com álcool”. Ela negou que o motorista tivesse tentando subtrair algum de seus pertences ou assediá-la e disse não ter alergia ou sensibilidade para “produtos industrializados de uso comum” nem ter usado remédios ou bebidas alcoólicas antes ou durante a corrida. A engenheira informou que deseja representar criminalmente contra o homem.

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