O adolescente que se tornou o primeiro caso de raiva humana registrado no Distrito Federal em 44 anos, morreu neste sábado (30). Segundo a Secretaria de Saúde (SES), em 20 de junho, ele foi internado na unidade de terapia intensiva (UTI) já em estado grave.
A SES teve conhecimento do caso dois dias depois, quando foi notificada pela equipe que cuidava do garoto. O adolescente reside no DF e foi arranhado por um gato em 25 de maio. Em 15 de junho, ele começou a sentir sintomas da raiva como febre e dor nos olhos.
Até então, o único caso de raiva humana registrado no Distrito Federal aconteceu em 1978. A última ocorrência diagnosticada de raiva em cães foi em 2000 e, em gatos, em 2001. O vírus rábico circula no DF em morcegos, nos bovinos, equídeos e outros animais.
Em 4 de julho, a pasta recebeu o resultado do teste RT-PCR do adolescente que confirmou positivo para raiva, variante 3, ou seja, originária de morcego.
Íntegra da nota da Secretaria de Saúde:
“A Secretaria de Saúde (SES) informa o registro de óbito por raiva humana, ocorrido neste sábado (30). Trata-se de um jovem do sexo masculino, na faixa etária de 15 a 18 anos, que estava internado na rede particular do Distrito Federal desde o dia 20/06/2022.
Todas as medidas necessárias de investigação epidemiológica, controle e profilaxia foram tomadas pela SES, junto aos familiares, contatos próximos e profissionais de saúde.
Medidas de bloqueio de foco e controle animal foram intensificadas em todo o Distrito Federal, a exemplo, da antecipação da campanha de vacinação antirrábica animal em áreas urbanas e rurais. Até sexta-feira passada (29), a SES vacinou 120.282 animais entre cães e gatos.
A SES reforça que a melhor medida de prevenção é a vacinação dos animais. Caso aconteça um acidente de agressão com um potencial transmissor da raiva, é necessário lavar o ferimento e procurar uma unidade de saúde para avaliação médica”.