Morre 1º delator da Lava Jato, ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa

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Ele estava em liberdade, mesmo tendo sido condenado a mais 70 anos de cadeia

morreu neste sábado (13), aos 68 anos, vítima de um câncer.

Paulo Roberto foi condenado a mais de 70 anos de prisão em processos sobre a Lava Jato, no Paraná. O engenheiro respondia o processo em liberdade por causa dos acordos de colaboração firmados com a Justiça.

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Paulo Roberto Costa foi preso junto em março de 2014, quando a Operação Lava Jato foi deflagrada. Dias depois, conseguiu um habeas corpus da Justiça, mas voltou a ser preso.

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Costa dirigiu a área de Abastecimento da Petrobras de 2004 a 2012, durante os governos Lula e Dilma Rousseff, ambos do PT. Sua escolha para o cargo partiu de indicação do PP.

A operação Lava Jato, comandada por Sérgio Moro em Curitiba (PR), foi iniciada em 17 de março de 2014. Costa foi preso 3 dias depois. Na época, o executivo foi detido por destruição de provas em meio à investigação do esquema de corrupção na petroleira. O ex-diretor foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

A sentença foi assinada pelo então juiz Sergio Moro.

Foi a partir dos depoimentos de Costa que os policiais desvendaram como funcionava a distribuição de recursos desviados da Petrobras.

Empreiteiras que mantinham contratos com a estatal superfaturavam os valores dos serviços que prestavam, por meio de contratos aditivos às obras.

Parte dos valores do superfaturamento era usado para pagar propina a diretores da Petrobras e também para abastecer o caixa de partidos políticos, no caso o PT, PMDB e PP.

Costa virou diretor da Petrobras por indicação do ex-deputado federal José Janene, que morreu em 2010. Ele permaneceu no cargo até 2012, quando pediu demissão e abriu a empresa de consultoria.

Janene foi eleito pelo PP do Paraná e também esteve envolvido no escândalo do mensalão. Como revelaria mais tarde o doleiro Alberto Youssef, teria partido de Janene a ideia de usar a estrutura da Petrobras para arrecadar dinheiro para pagar a base aliada do governo na Câmara dos Deputados e no Senado, em troca da aprovação de projetos estratégicos para o governo federal.

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