Carmem Lúcia diz que é contra, mas vota a favor de censura


Veneno ou remédio? Pergunta ao explicar ser contra, mas votar a favor de resquício da ditadura

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Em julgamento nesta quinta-feira (20) sobre caso da Brasil Paralelo, Cármen Lúcia admite que censura é inconstitucional, mas abre exceção até dia 30.

“Não se pode permitir a volta de censura sob qualquer argumento no Brasil”, disse a ministra Cármen Lúcia durante votação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a proibição de documentário da produtora Brasil Paralelo.

Apesar da declaração, a ministra disse que o filme Quem mandou matar Jair Bolsonaro? não deve ser exibido até o dia 30 de outubro, quando ocorre a votação do segundo turno.

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“Medidas como esta, mesmo em fase de liminar, precisam ser tomadas como algo que pode ser um veneno ou um remédio”, comentou a ministra. Ela concordou em acompanhar o voto do ministro relator contra o lançamento do filme apenas por que a medida tem limite de tempo.

“Vejo isso como uma situação excepcionalíssima. Se, de alguma forma, isto se comprovar como desbordando para uma censura, deve ser imediatamente reformulada esta decisão”, completou.

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