Paulo Salomão prometia retorno financeiro em investimentos. Ele também oferecia chá milagroso contra todos os problemas
Um influenciador digital foi preso em Brasília, nessa quinta-feira (8), por equipes da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). A ação aconteceu quando Paulo Salomão apresentava, em uma agência bancária, um falso extrato com saldo de R$17 bilhões. Ele pertenceria a organização criminosa liderada pelo pastor evangélico goiano Osório José Lopes Júnior, mais conhecido como “pastor do golpe”.
A prisão de Salomão ocorreu durante a deflagração da operação Falso Profeta. O influenciador e estelionatário foi preso, em flagrante, por de uso de documento falso e falsificação de documentos particulares. De acordo com as investigações, Salomão já foi alvo de apurações da Polícia Civil por diversos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro ao redor do Brasil e do mundo.
Após a prisão, a delegacia passou a receber diversas notícias-crime comunicando o esquema criminoso. “Os investigados abusam da fé alheia e valem-se de apelos religiosos e das redes sociais como isca, para investir seu dinheiro com eles, prometendo retornos financeiros fabulosos”, explicou o delegado-adjunto da 1ª DP, Maurício Iacozzil.
Segundo a investigação, o influenciador, diariamente, publicava dois ou três vídeos em seu canal no YouTube para atrair novos seguidores e convencer as vítimas de que o retorno financeiro do suposto investimento estaria próximo de ser liberado. “Esse dia nunca chega, gerando sofrimento, angústia, depressão e rompimento familiares, além do prejuízo de milhares de reais”, explicou o delegado.
Nas imagens, o golpista ainda informava que possuía informações privilegiadas de dentro do mercado financeiro nacional e internacional. No entanto, mesmo estabelecendo um prazo, nada acontecia. Como justificativa, os suspeitos alegavam bloqueios judiciais ou até mesmo novos sistemas quânticos bancários.
Salomão também aproveitava para vender um milagroso chá que curaria todos os problemas. Além do canal no YouTube, ele estaria usando a rede social Telegram como instrumento na prática dos crimes.