Vencedora do leilão ficará responsável por revitalizar a linha 1 e ampliá-la com a construção da estação Novo Eldorado
Por R$ 25.755.111,00, com lance único, o grupo Grupo Comporte venceu o leilão para concessão do metrô de Belo Horizonte, que ocorreu nesta quinta-feira (22). A sessão, na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), definiu qual empresa vai gerir, operar e manter a rede metroviária, além de ser responsável de revitalização da linha 1 e criação da linha 2 dos trens urbanos. O lance mínimo era de R$ 19,3 milhões, e há projeção de investimento de R$ 3,7 bilhões para os próximos 30 anos, período previsto para duração do contrato.
O governador Romeu Zema (Novo) e o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, estiveram presentes na sessão pública.
Em nota, o senador Carlos Viana (PL), defensor do leilão, classificou o leilão como “uma excelente notícia para Minas Gerais” e disse que vai lutar para garantir a assinatura do contrato. “Apesar de termos demorado demais a resolver a questã, ainda é tempo, e a população esperava pelo menos por esse passo. Vamos trabalhar muito na bancada em Brasília, eu como senador, para que o governo entregue a concessão à iniciativa privada”, declarou.
Atualmente, o metrô é gerido pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), órgão ligado ao governo federal. Para o leilão, foi criada a CBTU Minas Gerais (CBTU-MG). A empresa vencedora comprará a CBTU-MG ao mesmo tempo em que obterá a concessão do governo estadual para operar o serviço público de transporte metroviário de passageiros na região metropolitana de Belo Horizonte pelos próximos 30 anos.
A vencedora do leilão ficará responsável por revitalizar a linha 1 e ampliá-la com a construção da estação Novo Eldorado. Além disso, também terá que construir a linha 2, que ligará o bairro Nova Suíça à região do Barreiro. O governo de Minas defende que a modernização da linha 1 já poderá ser percebida pelos usuários a partir do segundo ano da concessão, enquanto investimentos na construção da linha 2 serão realizados até 2028.
Para tornar as obras viáveis do ponto de vista econômico, o governo de Minas vai aportar R$ 440 milhões no caixa da CBTU Minas já no primeiro ano da concessão. O dinheiro tem origem no acordo fechado com a Vale a título de reparação pelo rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019. R$ 2,8 bilhões serão desembolsados pelo governo federal, também para o caixa da CBTU Minas.
‘Dia especial”
Fábio Almeida Abrahão, diretor de Concessões e Privatizações do BNDES, comemorou o leilão e agradeceu ao governo de Minas Gerais. “Hoje é um dia muito especial. Agradecemos a Romeu Zema pela busca pela modernização do Estado, é um parceiro de toda hora”, disse.
O secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, afirmou que a concessão foi um projeto conduzido por “muitas mãos”, e comemorou a venda. “Foi um projeto abraçado por todos, inclusive a sociedade mineira. O que posso dizer é que um projeto como esse é bonito e importante por causa disso, nos permite engajar o maior número de pessoas e é meritório, independente de idealização política”, declarou.
O governador Romeu Zema agradeceu o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) por ter colaborado com a retomada do leilão nesta quinta-feira, e disse ter “uma satisfação enorme” de terminar seu governo com o a ação.
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), pontuou, nas redes sociais, que acompanha “com muita atenção” a conclusão do leilão. “O que importa é que a solução dada traga um transporte público de melhor qualidade para a cidade, com tarifa justa, investimentos para a expansão do metrô e com serviço à altura do que os belorizontinos merecem!”, destacou.
Grupo Comporte
O Comporte funciona desde 2002 em vários setores do transporte no Brasil. O grupo é dos donos as linhas aéreas Gol, e presta serviço em cidades como Patrocínio e Formiga, em Minas Gerais, mas concentra atividades no interior de São Paulo. Conforme relatório financeiro apresentado em 2021, o grupo registrou prejuízo líquido de R$ 36 milhões na comparação com 2020, com EBITDA de R$ 169 milhões no ano. No documento, a empresa classificou o período como “desafiador” devido à pandemia.
O governador Romeu Zema (Novo) e o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, estiveram presentes na sessão pública.
Atualmente, o metrô é gerido pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), órgão ligado ao governo federal. Para o leilão, foi criada a CBTU Minas Gerais (CBTU-MG). A empresa vencedora comprará a CBTU-MG ao mesmo tempo em que obterá a concessão do governo estadual para operar o serviço público de transporte metroviário de passageiros na região metropolitana de Belo Horizonte pelos próximos 30 anos.
A vencedora do leilão ficará responsável por revitalizar a linha 1 e ampliá-la com a construção da estação Novo Eldorado. Além disso, também terá que construir a linha 2, que ligará o bairro Nova Suíça à região do Barreiro. O governo de Minas defende que a modernização da linha 1 já poderá ser percebida pelos usuários a partir do segundo ano da concessão, enquanto investimentos na construção da linha 2 serão realizados até 2028.
Para tornar as obras viáveis do ponto de vista econômico, o governo de Minas vai aportar R$ 440 milhões no caixa da CBTU Minas já no primeiro ano da concessão. O dinheiro tem origem no acordo fechado com a Vale a título de reparação pelo rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019. R$ 2,8 bilhões serão desembolsados pelo governo federal, também para o caixa da CBTU Minas, liberados ao longo dos próximos oito anos.