Texto segue agora para o Senado Federal e será analisado nesta terça-feira
A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (9) em votação em Plenário a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal decretada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva.
A decisão foi uma retaliação ao governo do Distrito Federal, onde ocorreram os atos mais violentos dos manifestantes que pedem a prisão de Lula e de ministros do STF, ocorridos neste domingo em Brasília.
A votação foi simbólica, mas as bancadas do Novo e do PL liberaram o voto para posterior registro contrário. O texto segue agora para o Senado Federal e será votado às 11h desta terça-feira.
O relator da proposta, o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), afirmou que se trata de medida “amarga”, mas “necessária e proporcional” em face dos fatos tão graves ocorridos.
Arthur Lira, presidente da Câmara, também se manifestou nesse sentido.
“A profanação do templo da democracia e o inaceitável vandalismo que aconteceram ontem na Praça dos Três Poderes são condenáveis sob todos os pontos de vista e merecem uma apuração rigorosa. As punições devem vir pelas mãos da Justiça com uma dosimetria que considere não só os danos ao patrimônio público como o simbolismo de um atentado simultâneo aos palácios que representam os poderes da nossa República”, disse Lira.
“Os autores que atentaram contra nossa democracia representam uma minoria que recorreu a atos absurdos e abomináveis. Nenhum de nós se sente representado pela desordem de ontem, independente de seus pontos de vista políticos, partidários e ideológicos”, acrescentou.
Com a intervenção federal, a União passa a ser responsável pelo comando da Polícia Civil e Militar no Distrito Federal por um período de 30 dias. Lula indicou o jornalista petista, Ricardo Cappeli para governar a segurança pública no Distrito Federal.
Cappeli comandou a prisão de mais de mil e quinhentos manifestantes que estão confinados em um galpão da PF e em presídios de Brasília.
Manifestantes reclamam que estão sendo tratados como num campo de concentração, sem alimentos e situações vexatórias como horas presos em ônibus sem banheiro, o que fez os idosos urinarem nas roupas.