Ofício enviado por Dino a Ibaneis na véspera do ataque de vandalismo cita o risco de ações hostis e danos às sedes dos Poderes
O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, estava ciente do risco de invasão aos prédios dos Três Poderes que poderiam resultar no que aconteceu no domingo 8.
Em ofício enviado ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, na véspera dos atos depredatórios feitos pela multidão inconformada com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva e de sua posse, o ministro da Justiça disse que havia sido informado pela Polícia Federal da “intensa movimentação de pessoas que, inconformadas com o resultado das Eleições 2022″, organizavam “caravanas de ônibus se deslocarem até Brasília/DF”.
Flávio Dino foi além e informou que já tinha conhecimento sobre as intenções dos manifestantes em promoverem o vandalismo que foi concretizado. Os vândalos invadiram região sensível, considerada Área de Segurança Nacional.
Em trecho da mensagem Dino diz que “Segundo relatado, o referido movimento teria a intenção de promover ações hostis e danos contra os prédios públicos dos Ministérios, do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e, possivelmente, de outros órgãos como o Tribunal Superior eleitoral”, diz no documento.
Diante dos informes da PF, Dino pediu a Ibaneis que bloqueasse a “circulação de ônibus de turismo no perímetro compreendido entre a torre de TV e a Praça dos Três Poderes nos dias 8 e 9 de janeiro” e ressaltou que sua pasta permaneceria “monitorando o referido movimento”, encontrando-se “à disposição para emprego imediato em caso de necessidade”.
