Segundo Jean Paul Prates, cabe ao governo determinar a política de preço do combustível; “largada” para mudança é final de abril
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (foto), disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira (2) que a estatal deve mudar sua política de preços, mas não “muito distante” da paridade internacional.
“Temos uma regra que vamos ter que alterar. Não vamos ficar muito distante do processo dentro da paridade internacional. A paridade internacional, todo mundo segue. Se o preço do petróleo sobe lá fora, alguma coisa vai acontecer dentro do mercado local”, afirmou Prates.
O presidente da estatal, porém, se esquivou sobre detalhes na mudança. A “política de preços é uma questão de governo”, afirmou.
Prates criticou a atual política, PPI (preço de paridade de importação), que, segundo ele, “só garante ao concorrente uma posição confortável”.
“É o preço [cobrado no exterior] mais o frete e despesas”, disse, mas ressalvou que “eventualmente” o PPI pode ser o melhor preço para a Petrobras.
“Da mesma forma que não [deve] haver obrigação de usar o PPI, não deve ter proibição. A empresa tem que ter liberdade para gerir isso”, afirmou.
Prates defendeu o uso de mais de um referencial na política de preços, mas não apresentou detalhes.
Ele apenas antecipou que a “largada” para discutir as mudanças se dará com a posse do conselho e da diretoria da Petrobras, a partir do final de abril.