Na ação, policiais civis de São Paulo apreenderam armas. Suspeita é de que elas tenham sido usadas em conflitos agrários e invasões
José Rainha, líder da Frente Nacional de Luta (FNL), foi preso pela Polícia Civil de São Paulo, nesse sábado (4/3), por suspeita de extorsão a proprietários rurais na região do Pontal do Paranapanema (SP). Na ação, os investigadores apreenderam armas. A suspeita é de que os armamentos tenham sido usados em conflitos agrários e invasões.
A FNL confirmou a prisão de Rainha, que é ex-líder do Movimento de Trabalhadores Sem-Terra (MST), e de Luciano de Lima, outra liderança do movimento. A Frente defendeu, no entanto, que a ação da polícia tem “cunho político”.
A polícia informou que os principais alvos de mandados judiciais exigiam vantagens financeiras de fazendeiros e nega que a operação esteja relacionada com as recentes invasões de terras. De acordo com as investigações, os suspeitos teriam feito pelo menos seis vítimas.
“As prisões preventivas têm como objetivo a interrupção do ciclo delitivo e promoção de prevenção geral e paz no campo. É importante ressaltar que em nada se confundem com os atos decorrentes do Carnaval de 2023, quando um grupo invadiu nove propriedades rurais, mas sim visa a apuração do ciclo de violência decorrentes de extorsões e dos disparos de arma de fogo, incluindo fuzil, o que colocou em risco número indeterminado de pessoas”, detalhou a PCSP, por meio de nota.
A FNL diz que Rainha tem o “direito de responder à acusação que for, em liberdade, não há fundamento para uma prisão”. “Exigimos a imediata liberdade e convocamos todos aqueles que lutam a se solidarizar, pois não podemos tolerar que o Estado haja de maneira arbitrária contra quem luta.”