Silicon Valley Bank quebrou na última sexta-feira. Ontem, Signature Bank derreteu por conta das moedas sem dono e sem lastro
O banco HSBC foi rápido para tentar se proteger da onda que está arrastando bilhões de dólares para o espaço e anunciou nesta segunda-feira (13) a compra da subsidiária britânica do Silicon Valley Bank por 1 libra.
A operação tem o claro intuito de tentar salvar a imagem das criptomoedas que derreteram na semana passada. No início do ano, o HSBC se aventurou e passou a acreditar nas moedas inexistentes, virtuais comk bitcoin e ether.
No dia 23 de fevereiro o HSB avisou seus clientes sobre seu arrependimento e alertou que não permitiria mais comprars de criptomoedas usando o cartão de crédito do banco.
“Apartir de 23 de fevereiro de 2023, não permitiremos mais compras de criptomoedas usando nossos cartões de crédito”, aponta o e-mail do HSBC visto pelo Livecoins. “Isso ocorre devido ao possível risco para você. A Autoridade de Conduta Financeira (FCA) alertou contra o investimento em criptoativos, pois eles são considerados investimentos especulativos de alto risco.” disse o HSBC que mesmo assim, ficou atolado até o pescoço no negócio de especulação com fumaça.
Os clientes do banco falido comprado às pressas pelo HSBC vão poder continuar a fazer transações bancárias como de costume, mas com as criptos limitadas nas operações.
“Esta aquisição faz um excelente sentido estratégico para nossos negócios no Reino Unido. Ele fortalece nossa franquia de banco comercial e aumenta nossa capacidade de atender empresas inovadoras e de rápido crescimento, inclusive nos setores de tecnologia e ciências da vida, no Reino Unido e internacionalmente“, afirmou o diretor presidente do HSBC Group, Noel Quinn.
O ministro das Finanças britânico, Jeremy Hunt, disse que a operação estava sendo realizada “sem o apoio do contribuinte”.
“O HSBC é o maior banco da Europa e os clientes do SVB do Reino Unido devem se sentir confortáveis com sua solidez”, acrescentou.
O ministro comemorou ter “chegado a uma solução em tão pouco tempo”, após um fim de semana de reuniões e negociações, por exemplo, com o setor de tecnologia, já que muitas dessas empresas eram clientes do SVB e temiam ficar sem liquidez. O banco Silicon Valley Bank quebrou na última sexta-feira (10).
Na sexta-feira, o SVB do Reino Unido tinha empréstimos de cerca de 5,5 bilhões de libras (US$ 6,65 bilhões) e depósitos de cerca de 6,7 bilhões de libras (cerca de US$ 8 bilhões), segundo o HSBC, que disse que “os ativos e dívidas das empresas controladoras do SVB do Reino Unido estão excluídos da transação”
Quebra da Silicon Valley Bank
Autoridades americanas anunciaram na sexta-feira ter encerrado as atividades do Silicon Valley Bank (SVB), um banco que trabalha apoiando o setor tecnológico. A instituição foi criada em 1983 e fornecia crédito a várias startups.
O Silicon Valley Bank tinha cerca de US$ 209 bilhões em ativos até o fim de 2022, o que o tornava o 16º maior banco dos EUA, segundo o Federal Reserve – o banco central norte-americano.
A mídia americana relata que um dos fatores que resultou na falência do SVB é o aumento na taxa de juros dos EUA, que passou de 0,25%, em 2020, para 4,75%, em fevereiro deste ano.
O banco atendia principalmente startups e financiadores. Como o setor de tecnologia começou a desacelerar nos últimos meses, com os constantes aumentos na taxa de juros para frear a inflação, as empresas atendidas pelo SVB começaram a retirar dinheiro mais rápido do que o esperado.
De acordo com o “The Wall Street Journal” essa foi a segunda maior falência bancária da história dos Estados Unidos. Além disso, a instituição é a maior a quebrar desde o colapso no sistema financeiro americano em 2008, que, à época, gerou uma crise mundial.
No rastro da quebradeira, ontem a noite foi anunciada a quebra do Signature Bank, arrastado pelo derretimento das criptocoins.