Protestos em Israel: Aeroporto de Tel Aviv suspende operações

A reforma que primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tenta promover no Judiciário vem gerando onda de manifestações pelo país nas últimas semanas.

Dezenas de milhares de israelenses saíram às ruas neste domingo (26) depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, demitiu o ministro da Defesa, Yoav Gallant.

Israelenses protestam contra o plano de revisão judicial do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na frente do parlamento, em Jerusalém — Foto: Ariel Schalit / AP Photo
Israelenses protestam contra o plano de revisão judicial do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na frente do parlamento, em Jerusalém — Foto: Ariel Schalit / AP Photo

Manifestantes voltaram às ruas de Tel Aviv, em Israel, nesta segunda-feira (27), em protesto contra as reformas judiciais do governo.

Os protestos chegaram, inclusive, perto da casa do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e nos arredores do aeroporto Bem Gurion, cujas operações foram suspensas, informa a imprensa local.

Greve

O chefe do sindicato Histadrut de Israel, Arnon Bar-David, convocou uma greve nacional mais cedo para começar nesta segunda.

A Associação Médica de Israel e a Federação de Autoridades também anunciaram que irçao se juntar aos manifestantes, de acordo com a mídia israelense.

Exoneração de ministro

No domingo (26), Netanyahu exonerou o ministro da Defesa, Yoav Galant, que no sábado (25) havia pedido uma pausa de um mês no controverso processo de reforma judicial, impulsionado pelo governo.

A reforma que Netanyahu tenta promover no Judiciário vem gerando uma onda de protestos pelo país ao longo das últimas semanas.

Críticos ao projeto alegam que a alteração aumenta o poder do Legislativo sobre o Judiciário, o que coloca em risco o caráter democrático do Estado.

Em um discurso na noite de sábado, o ministro exonerado, que pertence ao mesmo partido de Netanyahu, o conservador Likud, disse temer que a divisão sobre a reforma crie uma “ameaça real para a segurança de Israel”.

Desde que o governo Netanyahu, um dos mais à direita da história de Israel, apresentou o projeto de reforma judicial, em janeiro, o país está dividido e há manifestações contrárias a cada semana.

 

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