Cristina de Sousa Santos, 32 anos, tinha uma medida protetiva de urgência contra seu assassino, Murillo Samuel Muniz de Jesus desde o fim de março deste ano.
Cristina foi morta com quatro tiros pelo ex-companheiro na madrugada desta quarta-feira (12).
Murillo estava proibido de se aproximar da vítima e de manter contato com Cristina. O assassinato ocorreu em Planaltina. O agressor ainda confrontou a polícia, foi baleado e está internado em estado grave no hospital.
Em depoimento prestado à Justiça à época, Cristina relatou que havia sido agredida por Murillo outras vezes, mas não havia registrado nenhuma ocorrência até o dia 27 de março deste ano, quando ele entrou na casa dela e a chamou para conversar, insistindo para reatar o relacionamento e oferecendo uma carona.
Ainda segundo relato de Cristina, ela se recusou a conversar e a aceitar a carona. Diante disso, ela contou à Justiça que Murillo a agarrou pelo braço e tentou esganá-la. Ao gritar por socorro, o ex-companheiro a soltou. Depois desse ocorrido, Cristina acionou a Polícia Militar do DF (PMDF), mas o agressor havia fugido do local.
A vítima relatou ainda que o ex-companheiro não aceitava o término do relacionamento, indo praticamente todos os dias na casa dela para insistir que reatassem. Segundo depoimento, Murillo sempre dizia que ela não seria “de mais ninguém”. Os dois tiveram um relacionamento de aproximadamente nove anos e estavam separadas há dois meses. Cristina, à época do depoimento, disse que eles nunca moraram juntos. O casal tem uma filha de oito anos.
O crime é tratado como feminicídio e ocorreu por volta da meia-noite, na Estância 1 de Planaltina. Segundo informações da Polícia Militar, as equipes flagraram o homem, identificado como Murillo Samuel Muniz de Jesus, 26 anos, efetuando os disparos contra a companheira. Os militares deram ordem de parada ao homem, mas ele continuou e se virou para a equipe com a arma de fogo em punho.
Para conter o agressor, os PMs atiraram contra ele. O tiro acertou a cabeça do criminoso. Já a mulher levou quatro tiros na perna esquerda, nos braços e no tórax. Ela foi transportada com hemorragia interna ao Hospital Regional de Planaltina. No entanto, no começo desta manhã, a morte da vítima foi confirmada.
