Operação para resgatar joias começou com pedido de Bolsonaro, diz ex-ajudante de ordens

Mauro Cid, que atuou como braço-direito do ex-presidente da República, prestou depoimento à PF

A operação para resgatar as joias sauditas por parte do governo federal começou com um pedido de Jair Bolsonaro, afirmou Mauro Cid, que atuou como braço-direito do ex-presidente da República, em depoimento à Polícia Federal.

De acordo com o ex-ajudante de ordens, Bolsonaro falou com ele em meados de dezembro do ano passado sobre a existência de um presente retido pela Receita Federal e pediu uma checagem, para apurar se era viável regularizar os itens. Ainda segundo Cid, não houve ordem de recuperação do presente por parte do ex-presidente, mas sim uma solicitação.

Depois disso, ele teria entrado em contato com Júlio César Vieira Gomes, então secretário especial da Receita, que confirmou que havia um pacote retido e que já havia um pedido de liberação dos itens datado de novembro de 2021. A solicitação estaria em nome de Bento Albuquerque, que foi ministro de Minas e Energia do governo Bolsonaro.

Também no depoimento, Cid afirmou que Júlio César o orientou sobre como deveria ser elaborado o documento para solicitar à Receita a retirada do presente e que a maior parte das conversas ocorreu por meio do WhatsApp.

Ele afirmou que essa ocasião foi a primeira vez que a ajudância de ordens acionou a Receita para pedir a incorporação de bens ao ex-presidente, mas destacou que era comum que ele buscasse presentes para Bolsonaro.

 

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