Buscador acusa governo Brasileiro de tentar “aumentar confusão sobre o que é verdade” e “piorar a Internet”
O Google abriu a semana intensificando suas críticas à tentativa do governo petista de controlar a Internet e está em campanha aberta contra o PL das fake news, que irá a votação no plenário da Câmara amanhã, terça-feira (2).
O maior é mais utilizado buscador virtual do mundo está divulgando em sua página principal mensagens acusando o projeto de Lula de “piorar a Internet” e “aumentar a confusão sobre o que é verdade e mentira“.
“PL 2630 pode aumentar desinformação online e prejudicar usuários” afirma postagem desta segunda-feira (2) do Google.
Esses textos redirecionam para artigos datados da semana passada e assinados pelo diretor de relações governamentais e políticas públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda.
O principal ponto levantado por Lacerda nos artigos é que o PL das fake news proibe a remoção de conteúdo produzido por “qualquer empresa constituída no Brasil para fins jornalísticos”, mas sem especificar o que é um veículo jornalístico.
“Na prática, já que o texto não faz distinção entre os diferentes produtores de notícias, seríamos obrigados a manter em nossos produtos conteúdos problemáticos criados por empresas que se apresentam como jornalísticas, mas são especializadas na produção de informações enganosas”, afirma o diretor do Google.
Ele também reclama da obrigatoriedade da plataforma em pagar pelo uso de conteúdos jornalísticos. Sem a definição dos veículos, o Google alega que seria obrigado a remunerar produtores de desinformação.
Segundo Lacerda, outro ponto do PL, envolvendo a regulamentação da concessão de direitos autorais na Internet, pode impedir a distribuição e a hospedagem gratuita de conteúdos no Youtube ou outras plataformas do Google.
Na semana passada, a direção do Youtube publicou um manifesto afirmando que o projeto ameaçaria a liberdade de expressão.
Segundo o YouTube a aprovação de uma “legislação apressada” pode trazer “enormes implicações” para os criadores de conteúdo. Na nota, o Youtube afirmou que o projeto, relatado pelo deputado federal Orlando Silva, inclui “aspectos ambíguos” e “pode criar exceções para a aplicação das nossas políticas, gerando desigualdades entre os criadores”.
A plataforma alerta que, “sem limites claros sobre o que o Governo pode controlar, essa disposição poderia ser facilmente sujeita a abusos, o que significa que um conteúdo legítimo poderia ser removido sem muitas explicações”.
“Além disso, durante os ‘protocolos de segurança’, as plataformas podem ser responsabilizadas pelo conteúdo postado por outras pessoas em seus sites. Na prática, isso quer dizer que, para evitar punições legais, serviços como o YouTube serão incentivados a remover conteúdo de forma agressiva por medo de serem responsabilizados. Nesse cenário, quem perde é a liberdade de expressão: milhões de criadores no Brasil que vêm ao YouTube todos os dias para expressar suas ideias e participar de debates importantes podem ter suas opiniões removidas da plataforma.”
O que vivemos no país é uma tentativa de controle de pensamento e opinião, entre outras anormalidades jurídicas. Lutemos por nossa liberdade, lutemos contra esse PL!