Governador de SP reclama do tratamento dado por Alexandre de Moraes e STF aos suspeitos de envolvimento nos ataques às sedes dos Três Poderes
Para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, houve “leniência” dos órgãos do governo Lula durante os atos de vandalismo de 8 de janeiro. Em entrevista à tv Band, ele disse ainda ver “pesos e medidas diferentes” no tratamento dos suspeitos no caso.
“Cada vez mais se chega à conclusão que a Abin informou o Ministério da Justiça, o GSI e, eventualmente, houve leniência”, afirmou.
“Para quem conhece Brasília, estranha o fato, que é corriqueiro, tem três batalhões que fazem a proteção do Palácio do Planalto, esses efetivos sempre estiveram mobilizados. Quando você tinha um prenúncio de movimento na Esplanada, a tropa já ficava em condição, já fazia cordão proteção.”
Ele também reclamou do tratamento dos suspeitos de envolvimento nos atos.
“Alguns casos foram tratados com pesos e medidas diferentes e isso traz sensação de injustiça. Para determinadas pessoas, houve determinado tratamento. Para outras pessoas, não houve tratamento.”
Dois dias antes da invasão às sedes dos Três Poderes, no dia 6 de janeiro, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) enviou documentos ao Ministério da Justiça indicando risco de ações violentas em prédios públicos.
A Abin também enviou alertas para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), à época comandado por Gonçalves Dias, general amigo do presidente Luiz Fernando Inácio Lula da Silva há mais de 30 anos.
Alexandre de Moraes mantém centenas de presos acusados de participarem do vandalismo, mas não tomou nenhuma decisão radical contra o general lulista, nem contra o ministro da Justiça, Flávio Dino, nem contra o presidente da República.
Na última quarta-feira o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, instalou a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar responsabilidades sobre os atos do 8 de janeiro.