Crocodilo engravida de si mesmo e estudo diz que dinossauros também podiam ter parto virgem

 

Foto do crocodilo-americano, que pode ser encontrado no sul do México, América Central e norte da América do Sul (Peru e Venezuela). — Foto: Reprodução/The Royal Society
crocodilo-americano, que pode ser encontrado no sul do México, América Central e norte da América do Sul

Pela primeira vez, uma pesquisa científica descreveu o caso de uma fêmea da espécie crocodilo-americano que engravidou sozinha. O acontecimento, chamado de “parto virgem”, se deu em um zoológico da Costa Rica em 2018 e foi descrito em um estudo da instituição científica Royal Society, publicado nesta quarta-feira (7).

A fêmea, que vivia isolada dos demais há cerca de 16 anos, produziu sozinha um feto que é 99,9% geneticamente idêntico a ela, o que confirma que não houve a presença de outro DNA. Dentro do ovo, o pequeno crocodilo estava totalmente formado, mas o ciclo não foi completo: o ovo não eclodiu e o animal morreu.

“Isso não deve ser visto como um indicativo de que todas as partenogêneses de crocodilos serão não-viáveis”, descreve a pesquisa.

Chamado cientificamente de partenogênese, o fenômeno já foi observado em espécies de pássaros, peixes e em outros répteis.

De acordo com os cientistas, o fato de diversas espécies terem essa habilidade sugere que ela foi herdada de um ancestral em comum há muitos anos, o que os leva a crer que dinossauros também tinham a capacidade de se reproduzirem sozinhos.

Os autores reconhecem que é preciso fazer mais pesquisas para poder obter uma "compreensão mais abrangente" sobre as taxas de FP nas linhagens ancestrais de vertebrados. — Foto: Reprodução/The Royal Society
Cientistas dizem que é preciso fazer mais pesquisas paraobter uma “compreensão mais abrangente” sobre as taxas de FP nas linhagens ancestrais de vertebrados.

Os autores do estudo afirmam que nos últimos 20 anos houve um aumento “impressionante” no número de casos de partenogênese facultativa de vertebrados (FP).

No entanto, esse crescimento é atribuído apenas a maior ciência sobre o fenômeno em si e aos avanços nos estudos sobre genética molecular.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *