Em resposta, Putin deixará de financiar o grupo, segundo agência estatal russa
Chefe do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, negou a assinatura de um contrato proposto pelo governo russo para que eles façam parte do Ministério da Defesa da Rússia, diz a agência estatal russa TASS.
O coronel-general Andrei Kartapolov, um legislador influente que preside o comitê de defesa do parlamento, disse que Prigozhin se recusou a assinar os contratos e foi posteriormente informado de que seus mercenários não lutariam mais na Ucrânia, informou a TASS.
Por consequência, o grupo deixará de ser financiado pelo Kremlin.
No último sábado, membros do Grupo Wagner iniciaram uma rebelião contra parte do governo russo e iniciaram um movimento de dominar cidades do sul do país e marchar até Moscou.
A revolta foi encerrada na noite do mesmo dia com base em um acordo firmado pelo Kremlin e o líder do Grupo Wagner, Prigozhin.
Os pontos combinados foram:
- Que Prigozhin irá se exilar em Belarus, país aliado de Moscou, e deixar o front na Ucrânia e em São Petersburgo, sua cidade natal.
- Que nenhum outro membro do grupo Wagner que participou da rebelião será perseguido criminalmente.
- Que os mercenários que não aderiram à revolta serão integrados ao Ministério da Defesa russo.
“Como se sabe, alguns dias antes da tentativa de motim, o Ministério da Defesa disse que todas as formações que executam tarefas de combate devem assinar contratos com o Ministério da Defesa”, disse Kartapolov.
“Todos começaram a implementar esta decisão… todos, exceto o Sr. Prigozhin.”
Prigozhin disse em 11 de junho que seus parceiros do Grupo Wagner não assinariam nenhum contrato com o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, acrescentando que Shoigu era incapaz de administrar unidades militares.
Como resultado, disse o legislador, Prigozhin cometeu traição devido a “ambições exorbitantes”, dinheiro e o que ele chamou de “estado excitado”.