Grupo carioca recebeu ao menos R$ 54,4 milhões em propagandas da Secom, em pouco mais de seis meses
O Grupo Globo voltou a liderar o ranking de empresas que receberam mais recursos do governo federal, conforme levantamento feito pela Folha.
Além do levantamento da Folha, é notório o posicionamento “Chapa Branca” do grupo que se tornou uma assessoria de comunicação de Lula e se distancia do jornalismo, quando o assunto é governo.
“Em pouco mais de seis meses do terceiro mandato do petista, veículos de mídia da Globo receberam ao menos R$ 54,4 milhões em propagandas da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República e de ministérios, enquanto a Record foi o destino de R$ 13 milhões. Outros R$ 12 milhões foram desembolsados ao SBT”, informa o jornal.
Ainda segundo o jornal, durante quatro anos do governo Jair Bolsonaro, os veículos da Record receberam em torno de R$ 200 milhões em mídia programática; os do grupo Globo, R$ 189 milhões.
No início do ano, jornalistas de três emissoras abertas e fechadas (Band, BandNews e CNN Brasil), já afirmavam ser “evidente que Lula já escolheu” quem será seu porta-voz: o Grupo Globo.
Lula deu sua primeira entrevista no cargo para a GloboNews. As duas primeiras conversas exclusivas de Janja, a nova primeira-dama do Brasil, foram, respectivamente, para Globo e GloboNews.
Ministros, por exemplo, têm falado com outras emissoras, mas também a preferência inicial dos mais importantes até aqui foi a emissora carioca.
Vamos aos dados Em 31 de outubro, um dia após a eleição, após um longo período na “geladeira” da GloboNews, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, entrou no ar no canal para falar sobre transição e outras medidas que seriam tomadas pelo novo governo. Havia meses Gleisi era considerada “persona non grata” na emissora. No dia 13 de novembro, foi a vez de Janja.
De lá pra cá, a Lua de Mel entre o PT, Lula e o grupo Globo se transformou em volume de dinheiro repassado dos cofres públicos para a emissora que faz o papel de chapa Branca do governo, sem o menor pudor.
