Ana Paula Pridonik foi encontrada no quarto do casal depois de ter enterrado marido e filho de 11 anos
A engenheira civil, Ana Paula Pridonik, de 27 anos, não resistiu ao ferimento provocado por um disparo de arma de fogo e morreu no início da tarde desta terça-feira (31), na Santa Casa de Campo Grande, horas após ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros.
Ela era a mulher do piloto e pecuarista Garon Maia, que faleceu ao lado do seu filho Francisco Veronezi Maia, de 11 anos, em um acidente aéreo no último sábado (29), em uma área de mata na região de Vilhena, em Rondônia.
Segundo a polícia, Ana Paula estava no quarto do casal em um condomínio no bairro Antônio Vendas e atirou contra si. A arma em questão estaria no nome de Garon.
O caso aconteceu horas depois do sepultamento de Garon e Kiko, como o garoto era conhecido. Os corpos foram transladados para a capital sul-mato-grossense justamente para que familiares e amigos pudessem se despedir.
Ana Paula retornou na companhia da mãe e de outras duas pessoas, mas teria entrado no quarto e ficado por lá, conforme o delegado Felipe Paiva, plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, quando as pessoas ouviram o disparo e encontraram a vítima ferida.
Ana Paula chegou a ser socorrida com vida pelo Corpo de Bombeiros e deu entrada no hospital em estado grave e após cerca de duas horas, ela não resistiu aos ferimentos e a uma parada cardiorrespiratória, vindo a óbito.
A aeronave caiu na fazenda de um pecuarista, que entrou a pé por uma estrada e chegou até o local do acidente.
O bimotor estava completamente destruído. Pai e filho morreram no acidente. Um empregado da família Maia revelou que ontem, “Garonzinho”, como era conhecido o jovem, mas experiente piloto, havia vindo com o filho para Vilhena para abastecer a aeronave.
Conforme as primeiras informações, a área onde aconteceu o acidente fica nas proximidades do rio Vermelho, e era a rota usada por Garon para chegar até a Fazenda Uberaba, no distrito de Nova Conquista, de onde ele havia decolado e para a qual estaria retornando.
A queda de um avião bimotor que deveria voar por 15 minutos, na divisa entre Rondônia e Mato Grosso, no final da tarde de sábado (29) fez o Garon Maia e o filho dele e de Ana Paula Pridonik perderem a vida.
O avião desapareceu dos radares cinco minutos após decolar do aeroporto de Vilhena (RO) e seus destroços foram encontrados na manhã deste domingo (30), numa região de floresta perto de Comodoro (MT).
Garon Maia era pecuarista e fazia parte de uma família tradicional na região, cujo patriarca foi Garon Braulino Maia, que morreu em 2019, aos 93 anos, e foi conhecido como um dos mais importantes pecuaristas do país no século passado.
O voo iria de Vilhena, onde Garon foi abastecer, para a fazenda Jaqueline, de propriedade da família. O adolescente estava de férias com o pai no interior e seria levado por ele para casa onde vivia com a mãe, em Campo Grande (MS), neste domingo.
De acordo com a mídia local, Garon Maia era um piloto experiente de aviões de pequeno porte. A queda está sendo investigada pelo Centro de Investigação de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica.