Redução era esperada pelo governo federal e mercado financeiro. Índice não registrava cortes desde agosto de 2020
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (2) reduzir a taxa Selic de 13,75% para 13,25% ao ano.
O placar no Copom foi de votos para derrubar a taxa para 13,25% e quatro votos a favor de 13,50%.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Fiscal, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula para o posto, concordaram em cortar a taxa em 0,5 ponto percentual.
O governo vinha criticando Campos Neto desde o início do ano pelas sucessivas decisões do Copom de não baixar a taxa.
Esse foi o primeiro corte da taxa básica de juros em três anos. A última queda havia acontecido em agosto de 2020, em meio à fase mais aguda da pandemia de Covid-19, quando a taxa Selic caiu de 2,5% para 2% ao ano.
No comunicado divulgado após a reunião, o comitê argumentou que a melhora do cenário para a inflação possibilitou a redução da Selic.
“O Comitê avalia que a melhora do quadro inflacionário, refletindo em parte os impactos defasados da política monetária, aliada à queda das expectativas de inflação para prazos mais longos, após decisão recente do Conselho Monetário Nacional sobre a meta para a inflação, permitiram acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária”.
Segundo o comunicado, o Copom chegou a avaliar a possibilidade de reduzir a Selic em um patamar menor, de 0,25 ponto percentual, mas que considerou “apropriado” reduzir em 0,50 ponto percentual em função da melhora do quadro inflacionário.
Em maio, a inflação oficial desacelerou para 0,23% de alta. E, em junho, foi registrada deflação, ou seja, queda de preços, de 0,08%
De acordo com o comitê, a decisão também pode ocasionar “suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”.
No comunicado, o Copom disse ainda que, nas próximas reuniões, pode continuar fazendo na Selic “redução da mesma magnitude” desta quarta-feira. Ou seja, cortes de 0,5 ponto percentual.
“Em se confirmando o cenário esperado [de desinflação e ancoragem das expectativas em torno da meta de inflação], os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.
A decisão do Copom se deu em meio às críticas persistentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de membros do governo federal ao atual patamar da Selic. A avaliação é que o índice tem inibido o crescimento da economia.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, argumenta que a manutenção da taxa foi importante para conter a inflação. Campos Neto, no entanto, tem autonomia — ou seja, não pode ser demitido por Lula.
Votos dos diretores
Segundo nota divulgada pelo Copom, cinco diretores votaram a favor do corte de 0,5 ponto percentual. Quatro se manifestaram por uma redução de 0,25.
Votaram pela redução de 0,5 ponto percentual:
- presidente Roberto Campos Neto (indicado por Jair Bolsonaro)
- Ailton de Aquino Santos (indicado por Lula)
- Carolina de Assis Barros (indicada por Temer)
- Gabriel Galípolo (indicado por Lula)
- Otávio Ribeiro Damaso (indicado por Dilma Rousseff)
Votaram por cortar a Selic para 13,50%:
- Diogo Abry Guillen (indicado por Jair Bolsonaro)
- Fernanda Magalhães Rumenos Guardado (indicada por Jair Bolsonaro)
- Maurício Costa de Moura (indicado por Jair Bolsonaro)
- Renato Dias de Brito Gomes (indicado por Jair Bolsonaro)
Reuniões do Copom
O Copom é formado pelo presidente do BC e por oito diretores da instituição.
Esta reunião foi a primeira com a nova formatação do comitê, após o Senado aprovar as indicações de Gabriel Galípolo e Ailton Aquino para a diretoria do Banco Central. Os dois haviam sido indicados por Lula.
O Copom costuma se reunir a cada 45 dias para definir o patamar da taxa Selic. Neste ano, o comitê ainda deverá se reunir outras três vezes:
- 19 e 20 de setembro
- 31 de outubro e 1º de novembro
- 12 e 13 de dezembro
Taxa básica de juros da economia, a Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.
O índice influencia todas as taxas de juros do país, como os juros de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.
Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com a meta de inflação, o BC pode reduzir a Selic.
Para 2023, a meta de inflação foi fixada 3,25%. Será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
A meta de inflação do próximo ano é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
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