Esquema para venda de joias e objetos valiosos aparece em mensagens, documentos e imagens obtidas pela PF
O rosto do general do Exército Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid aparece em reflexo de uma foto tirada de uma escultura. A foto foi tirada para negociar a venda de esculturas recebidas pelo ex-presidente. O caso é alvo de uma operação da Polícia Federal.
De acordo com a PF, o Mauro Lorena tirou uma foto da caixa com esculturas recebidas para enviar a uma joalheria e avaliar o preço que poderia cobrar.
A corporação investiga crimes de lavagem de dinheiro e descaminho, já que os presentes que foram recebidos por Bolsonaro durante o mandato, inclusive um relógio Rolex de alto valor, teriam sido vendidos e os recursos incorporados ao patrimônio pessoal dos acusados.
Em um dos trechos do relatório da PF enviado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro é citado como sendo o destino de parte do dinheiro. Além disso, mensagens obtidas durante a investigação apontam como ocorria o esquema.
As negociações para venda dos objetos teria começado ainda em janeiro deste ano, poucos dias depois de Bolsonaro chegar nos Estados Unidos – para onde foi após perder as eleições.
As mensagens também demonstram medo dos envolvidos de que o Tribunal de Contas da União (TCU) determinasse a devolução dos objetos. A partir dai, começou uma operação para reaver o que tinha sido vendido.
[…] O dinheiro teria sido depositado pela loja na conta de seu pai, o general Mauro Lorena Cid. […]