Crédito rotativo na mira do Banco Central e da Economia

Banco Central tem atuado para reduzir rotativo

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou na manhã desta terça-feira (22) durante Conferência Anual do Banco Santander, que os juros rotativos do cartão de crédito deve sofrer alguma alteração.

“Precisamos achar uma solução em que o parcelado sem juros não pode sofrer nenhuma ruptura. Não temos como dizer qual vai ser a solução e, às vezes, não fazer nada talvez possa ser pior do que tentar achar uma solução organizada”, comentou.

Campos Neto defende acabar com o rotativo. Para ele, o crédito poderia ir direto para o parcelamento, onde a taxa é de cerda de 9% (181% ao ano). Em junho, o patamar do rotativo atingiu 437,25%.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, tenta negociar uma redução com os bancos, mas ainda não obteve sucesso.

No começo do mês, ele conversou conversou com Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban); Milton Maluhy, CEO do Itaú; Octávio Lazari, do Bradesco; Mario Leão, do Santander; e André Esteves, presidente do BTG Pactual.

Durante o encontro, ressaltou que o crédito rotativo é o maior problema de juros do país. Uma mesa de negociação foi formada e deve apresentar soluções em até 90 dias.

“Nosso foco é o rotativo. Não pode continuar como está. É um problema e temos prazo para resolver”, frisou Haddad na semana passada.

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