Ciclone deixa 27 mortes e supera maior tragédia natural do Rio Grande do Sul

Com mais seis mortes estado segue em alerta para cheia em dois rios

Mais seis mortes causadas pela chuva no RS foram confirmadas pela Defesa Civil do estado nesta quarta-feira (6). Todas aconteceram em Roca Sales, na Região dos Vales. Com isso, o número total de vítimas fatais da passagem do ciclone pelo estado chega a 27.

As 27 mortes registradas no Rio Grande do Sul até a manhã desta quarta já superam a maior tragédia natural das últimas quatro décadas no estado, quando 16 pessoas morreram em junho. Em entrevista na noite de terça, o governador Eduardo Leite confirmou que se trata da pior tragédia natural do estado.

“Não tem sido um ano fácil para o Rio Grande do Sul. Mas nosso povo é resiliente e forte, e nós vamos estar unidos para superar essa adversidade, com toda a estrutura, com os servidores públicos, os militares, civis, voluntários, ações, prefeituras, sociedade civil engajada. Cada vida perdida não pode ser reposta, a gente lamenta cada uma delas. Vamos dar todo suporte para essas famílias”, afirmou.

Foram 15 óbitos apenas no município de Muçum, na Região Central do estado. De acordo com a Defesa Civil estadual, o Corpo de Bombeiros encontrou os corpos ao vistoriar uma casa nesta terça-feira (5).

O fenômeno teve origem em um sistema de baixa pressão, que provocou chuvas intensas ao longo da segunda-feira (4). Conforme se deslocou em direção ao oceano, o fenômeno ganhou intensidade. À noite, formou-se o ciclone.

E a tensão não para. Novas áreas de instabilidade voltam a influenciar o Rio Grande do Sul nesta quarta-feira, 6 de setembro. O dia começa com sol, mas a nebulosidade vai aumentando e tem previsão de pancadas de chuva com raios à tarde e à noite no centro-sul gaúcho, incluindo áreas como Santa Maria, Pelotas, a região de São Luiz Gonzaga, Uruguaiana e a Campanha gaúcha.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul mantém dois alertas com validade até as 13h de hoje, para inundação do Rio Caí e do Rio Taquari. Os rios estão em elevação, e a orientação é para que as famílias que residem próximo das margens deixem os locais.

Em caso de emergência ou resgate, ligue para Brigada Militar (190) ou Corpo de Bombeiros (193)

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