Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro é investigado nos casos das joias, do 8 de janeiro e na falsificação de carteiras de vacina
A Polícia Federal (PF) aceitou uma proposta de delação premiada do ex-ajudante de ordens do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.
O tenente-coronel Mauro Cid é citado em investigações sobre o caso das joias, os atos de vandalismo do 8 de janeiro na Esplanada dos Ministérios e a adulteração de carteiras de vacina.
Ainda não há informações sobre qual será o foco da delação, isso porque Cid é investigado em mais de um caso. Segundo os investigadores, o ex-ajudante de ordens é suspeito de:
- participar da tentativa de trazer de maneira irregular para o Brasil joias recebidas pelo governo Bolsonaro como presente da Arábia Saudita;
- tentar vender ilegalmente presentes dados ao governo Bolsonaro por delegações estrangeiras em viagens oficiais;
- participar de uma suposta fraude de carteiras de vacinação de Bolsonaro e da filha de 12 anos do ex-presidente;
- envolvimento nas tratativas sobre possível invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, para desacreditar o sistema judiciário brasileiro.
- envolvimento em tratativas sobre um possível golpe de estado.
Cid, que está em prisão preventiva desde maio, foi no final da tarde de ontem, quarta-feira (6), ao STF confirmar que fará a delação. Ele foi de livre e espontânea vontade, segundo seu advogado.
O juiz Marco Antônio realizou uma audiência com Mauro Cid e seu advogado para verificar se o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) realmente quis fazer delação à Polícia Federal (PF). Agora, o ministro do STF Alexandre de Moraes vai analisar se homóloga ou não a delação.
Em 28 de agosto, Cid passou mais de 10 horas depondo na sede da PF, em Brasília, no âmbito da investigação que apura a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, para desacreditar o sistema judiciário brasileiro.