Justiça bloqueia R$ 50 milhões de sócios da 123 Milhas

Empresa pediu recuperação judicial e suspendeu venda de passagens promocionais

A 15ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, determinou na tarde desta quarta-feira (13), o bloqueio de até R$ 50 milhões em bens e valores em nome de Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, sócios da 123 Milhas.

Esta é a primeira vez que a Justiça concede bloqueio dos bens de envolvidos na crise da 123 Milhas. A empresa pode recorrer. Em agosto, a 123 Milhas suspendeu a emissão de passagens aéreas dos pacotes promocionais que havia vendido prejudicando clientes que aguardavam para viajar.

A empresa entrou com um pedido de recuperação judicial para renegociar dívidas. Além do bloqueio, o juiz também determinou que não haja mais diferenças entre as responsabilidades da empresa 123 Milhas e dos sócios. Ou seja, na prática, tanto as pessoas físicas de Ramiro e Augusto, quanto as jurídicas da agência de viagens e da Novum Investimentos (acionista da 123), responderão pelo processo.

A decisão atende a um pedido do Ministério Público de Minas Gerais, que propôs o bloqueio de bens avaliados em 1% do faturamento da empresa em 2022 como tentativa de garantir a execução das obrigações da empresa junto às pessoas afetadas pela crise. O MP também requisitou a intervenção judicial e o bloqueio dos bens da empresa, mas esses pedidos não foram atendidos pela Justiça, já que a agência de viagens está em recuperação judicial. O g1 procurou os sócios e a 123 Milhas e aguarda retorno.

A crise da 123 Milhas começou em agosto, após o anúncio da suspensão da emissão de passagens dos pacotes promocionais. Poucos dias depois da suspensão, a empresa entrou com o pedido de recuperação judicial, que foi acatado pela Justiça em 31 de agosto. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais e também pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, na Câmara dos Deputados.

 

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