Onda de calor mortal deve chegar ao Brasil com máxima de 45ºC no Centro-Oeste

Bloqueio atmosférico vai impedir avanço de frentes frias na maior parte do país nos próximos dias

Uma nova e intensa onda de calor está encerrando o inverno no país, e algumas regiões devem ter  mais uma vez, recordes de temperatura para a época, à medida que nos aproximamos da primavera

A nova estação começa oficialmente no próximo sábado (23), às 3h50 pelo horário de Brasília para a maior parte do país.

Um bloqueio atmosférico que se aproxima impedirá a chegada de frentes frias nos próximos dias, comuns para o início da primavera. A maior parte do Brasil terá uma prolongada sequência de dias ensolarados e temperaturas acima do normal para esse período do ano, como aconteceu em agosto.

O calor será persistente e intenso, especialmente em áreas como o interior de Santa Catarina, o estado do Paraná, grande parte da Região Sudeste, o Centro-Oeste, o interior do Nordeste e em estados como Rondônia e Tocantins, além de áreas do centro-sul do Pará e centro-leste do Amazonas, também serão afetadas.

Segundo a previsão, espera-se que o pico de temperaturas de alta ocorra entre o final desta semana e o início da próxima. Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Distrito Federal, Pará, Tocantins, Bahia, Rondônia, Amazonas, Maranhão e Piauí terão marcas próximas ou acima de 40° C.

Espera-se que algumas partes da região Centro-Oeste sofram temperaturas entre 43° C e 45° C. A expectativa é que o calor bata o recorde de novembro de 2020, quando Nova Maringá, em Mato Grosso, registrou 44,8° C.

Períodos excepcionalmente quentes, conhecidos como ondas de calor, podem desencadear várias consequências para a saúde das pessoas. Quando a temperatura passa dos 40°C, os indivíduos podem se ver seriamente afetados.

Qual é temperatura corporal normal?

Para o funcionamento normal, o organismo humano precisa de uma temperatura interna constante. A faixa de normalidade é estreita, entre 36,5° C e 37,2° C. Abaixo dessa faixa, ocorre a hipotermia e, acima dela, a hipertermia. A temperatura corporal é mantida no centro termorregulador no hipotálamo (abaixo da glândula pituitária, no cérebro) por meio de mecanismos neuro-humorais complexos que dissipam o calor quando a temperatura corporal aumenta e retêm o calor quando ela cai.

A hipertermia, de acordo com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH), ocorre quando a temperatura do corpo aumenta acima dos níveis normais e o sistema termorregulador do corpo não consegue funcionar adequadamente. Nesse momento, o corpo não consegue se resfriar.

Estresse e fadiga por calor, tontura repentina, câimbras e exaustão também por conta das altas temperaturas são todas formas de hipertermia. Se não forem tratadas, essas condições podem se tornar uma ameaça à vida humana.

o aumento excessivo da temperatura ambiente (a partir de 35°C) faz com que o mecanismo termorregulador se sinta sobrecarregado.

Entretanto, a partir de 41°C, esse mecanismo termorregulador pode parar de funcionar adequadamente. Acima desse nível, podem ocorrer efeitos físicos adversos.

A perda de regulação faz com que a temperatura aumente desproporcionalmente (ou seja, acontece a insolação) e, se não for tratada adequadamente, ela pode ter efeitos fatais.

Entretanto, os limites de tolerância variam de acordo com a etnia, o ambiente (por exemplo, pessoas que vivem perto dos trópicos ou em desertos tendem a ser mais tolerantes) e a genética. Além disso, o calor ambiental é bem menos tolerado por bebês e idosos, que sofrem consequências  mais graves.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) observa ainda que muitas condições de saúde física e mental aumentam a vulnerabilidade em relação a temperaturas adversas.

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