Mercado Bitcoin lista moeda criada por brasileiro atrelada ao dólar

O Stablecolb (SCB), é uma stablecoin atrelada ao dólar criada por um brasileiro na Suíça

O Mercado Bitcoin (MB) listou nesta quarta-feira (20), o USD Stablecolb (SCB), uma stablecoin atrelada ao dólar que foi criada por um brasileiro na Suíça.

A moeda digital, que tem paridade de um para um com o dólar americano, foi inteiramente desenvolvida em conformidade com os órgãos reguladores suíços.

Yulgan Lira, cofundador e presidente da Colb, afirma que sua intenção com a stablecolb sempre foi democratizar o acesso ao mercado financeiro suíço, permitindo que o investidor brasileiro compre uma moeda digital que o protege da variação cambial, e ao mesmo tempo, está assegurada por todo o arcabouço regulatório do país europeu. “O dinheiro estará protegido pela regulação suíça. Eu gostaria de ter tido essa oportunidade quando morava aí e investia em criptomoedas”, afirma Lira.

Lançada em maio deste ano, a stablecolb surgiu com um modelo de entrada baseado em convites, que eram tokens não fungíveis (NFTs) que o investidor precisava ter em sua carteira digital para poder comprar as criptomoedas.

“Atualmente, a Colb oferece entrada por via direta por transação bancária internacional, e estar do lado do MB expande o acesso para uma empresa que já resolveu entrada e saída de fundos com credibilidade no Brasil.”

A diversidade de projetos de stablecoins atreladas ao dólar que existem no mercado é muito grande, mas mesmo assim há dois principais que dominam praticamente todo o setor, a Tether (USDT) e a USD Coin (USDC). Este ano, houve uma concentração ainda maior, conforme a Tether cresceu e sua principal concorrente perdeu terreno desde a quebra do Silicon Valley Bank (SVB), no qual a Circle, emissora da USDC, tinha US$ 3,3 bilhões em depósitos.

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Para Fabrício Tota, diretor de novos

negócios do MB, o momento de maior concentração de capital no Tether é propício para apostar em novas stablecoins. “O ganho de market share foi no player mais opaco [a Tether já foi duramente criticada pela comunidade internacional por não divulgar regularmente o detalhamento das reservas que possui para garantir a paridade da sua moeda digital com o dólar], demonstrando que há uma oportunidade para um player mais transparente e que está em uma jurisdição regulada”, argumenta.

Lira, por sua vez, exaltou o papel das stablecoins como proteção para investidores que vivem em países com menor estabilidade monetária e fiscal. O cofundador da Colb adianta que a listagem no Brasil é o primeiro passo rumo a uma democratização do acesso da stablecolb para pessoas que vivem em países emergentes.

O Brasil tem um aspecto pessoal relevante e, enquanto startup, precisamos dar um primeiro passo. Uma vez que esse ponto está solucionado, começamos a aplicar o mesmo racional em países que sofrem mais com esse problema. Hoje, a América Latina é uma das regiões com maior capilaridade em stablecoins, e as disponíveis sofrem com dúvidas de confiabilidade que não foram resolvidas”, defende o empresário.

Lira espera que a stablecolb seja utilizada no longo prazo como meio de pagamento para a compra de outros ativos digitais desenvolvidos pela própria Colb. Entre eles, ativos reais tokenizados.

 

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