PF investiga se a minuta golpista discutida é a mesma que foi encontrada na casa do ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro
O ex-ajudante de ordens Mauro Cid afirmou em delação premiada, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria se reunido com a cúpula das Forças Armadas e com ministros das Forças Armadas para discutir uma intervenção militar no Brasil. O próprio ajudante de ordens teria participado da reunião em que foi discutida uma minuta golpista. O então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria se manifestado favorável a proposta, mas o plano não foi aderido pela cúpula militar.
A delação premiada do tenente-coronel foi homologada no dia 9 de setembro. Ele teve liberdade provisória após ficar preso desde maio. O ex-secretário ficou preso por quatro meses, por suspeita de omissão nos ataques de vândalos do dia 8 de janeiro contra as sedes dos Três Poderes.
A PF investiga se essa minuta golpista é a mesma que foi encontrada na casa do ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres. O documento detalhava um plano para impedir a posse do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e destituir ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e foi encontrado na casa de Anderson Torres no dia 10 de janeiro.