CCJ do Senado aprova Marco Temporal que vai ao Plenário

PL restringe demarcação de reservas índigenas nas terras que já eram ocupadas na promulgação da Constituição Federal

Em resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou por 16 votos favoráveis e 10 votos contrários, nesta quarta-feira (27), o projeto de lei (PL) do Marco Temporal para a demarcação das terras indígenas.

O projeto de lei estabelece que só podem ser demarcadas como reservas as terras que já eram ocupadas por indígenas na data da promulgação da Constituição Federal, que ocorreu em 5 de outubro de 1988.

O PL é uma resposta do Legislativo ao julgamento do STF, que, por maioria, considerou a tese inconstitucional.

Mesmo com a decisão do STF, o Congresso Nacional tem autonomia para votar o projeto de lei que debate o tema. No entanto, caso o texto seja aprovado e sancionado, há a possibilidade de a matéria ser novamente questionada na Justiça.

Entre outros pontos, o texto abre brechas para a autorização para garimpos e plantação de transgênicos dentro de terras indígenas; proíbe a ampliação de terra indígenas já demarcadas e declara nula qualquer demarcação que não atender as regras da nova lei, se aprovada no Congresso.

O texto, que já foi aprovado pela Câmara do Deputados, seguirá para análise do plenário dos senadores ainda nesta tarde.

 

 

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