Bloco com cinco partidos no Senado enfraquece ainda mais poder de negociação de Lula

Cenário político brasileiro surpreende Lula que tenta fazer a velha política implementada em seus governos passados

Duas novas coalizões no Senado Federal se tornaram uma pedra no sapato do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e chamam a atenção por seu potencial impacto nas negociações do governo Lula com o Legislativo.

O Bloco formado pelos partidos PL e PP unido em uma aliança com o Bloco do Podemos e PSDB, além do partido Republicanos, formam uma frente de oposição que o governo terá bastante dificuldade de dobrar.

Os parlamentares uniram forças, criando um ambiente político mais polarizado, combativo e prometem desafiar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), causando desgaste no atual governo, já que a oposição acredita que a volta de Lula ao poder foi uma manobra inconstitucional do STF, que anulou todas as condenações e processos que ainda estavam em andamento contra a corrupção de Lula em seus governos anteriores.

Lula foi condenado duas vezes e chegou a ficar mais de um ano preso, mas foi beneficiado por decisões claramente sem embasamento jurídico pela Côrte Suprema.

Essas  novas alianças se formaram em momento de desgaste nas relações entre o governo Lula e esses partidos e blocos. Dificuldades de alinhamento com o articulador político do governo e divergências em relação às pautas importantes levaram à estas coalizões, que buscam consolidar maiorias no Senado.

O principal foco de confronto dessas novas frentes é em relação a decisões do STF que consideram pautas de competência exclusiva do legislativo.

Para os senadores da coalizão, o STF está ultrapassando todos os limites legais em não só em questões sensíveis como o aborto, a legalização das drogas e a demarcação de terras indígenas, como em anulaçõesde condenaçõesde criminosos, como a recente anulação das condenações de André Vargas, tido como comparsa de Lula e do PT na corrupção combatidapela operação Lava Jato.

Os partidos envolvidos alegam que o STF está interferindo indevidamente em assuntos que deveriam ser debatidos e decididos única e exclusivamente pelo Congresso Nacional.

 

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