Israel manda 100 mil soldados para Gaza, depois de mil mortos

Guerra entre Israel e o grupo Hamas, da Faixa de Gaza, acirrou desde o ataque surpresa no último sábado

Israel reuniu mais de 100 mil soldados perto da Faixa de Gaza, localidade de onde tem partido os ataques terroristas do grupo Hamas com os quais o país tem lidado desde o último sábado (7). A guerra entre Israel e o Hamas se estende pelo seu terceiro dia, com um saldo de mais de 1 mil mortos.

A Faixa de Gaza é um território palestino, que faz fronteira com o Egito e com Israel. Segundo o porta-voz Jonathan Conricus. “O nosso trabalho é garantir que, no final desta guerra, o Hamas não terá mais qualquer capacidade militar para ameaçar os civis israelitas”, afirmou Conricus à Al Jazeera.

São, ao todo, 100 mil soldados israelenses reposicionados na fronteira com a Faixa de Gaza, com tropas espalhadas por sete ou oito pontos, de acordo com o porta-voz. Além disso, são quatro divisões instalas no sul do país, e o governo alegou ter atacado 500 alvos do grupo Hamas e da Jihad Islâmica.

Os dados oficiais superam os 700 mortos em no país, 413 deles sendo de civis. A expectativa é que o número suba.

O balanço do conflito indica, até o momento, ao menos 1,2 mil mortos: 700 pessoas em Israel; 493 na Faixa de Gaza; e 7 na Cisjordânia. Os feridos já passam de 2 mil. O Hamas teria mais de 100 reféns.

Brasileiros em Israel

De acordo com o Itamaraty, cerca de mil brasileiros e seus dependentes já preencheram o formulário online disponibilizado pela Embaixada brasileira em Tel Aviv para solicitar a repatriação. São, em sua maioria, turistas que estão hospedados em Tel Aviv ou Jerusalém, como os evangélicos que visitavam o país. O primeiro avião da FAB, inclusive, decolou na noite do último domingo (8).

O Movimento de Resistência Islâmica é um grupo de ultradireita que foi financiado pelo Irã, cujo objetivo oficial seria “garantir a libertação dos palestinos e lutar pelo fim de Israel”. O líder do Irã, Ali Khamenei, chegou a chamar o país de “câncer”. O Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza em 2007, quando jurou destruir os inimigos.

O grupo fez um ataque surpresa no último sábado (7), quando lançou 5 mil foguetes, segundo o Hamas. De acordo com o governo, foram 2 mil disparos.

O estatuto do Hamas inclui Israel como território palestino, e define a Palestina como terra islâmica, não judia. Foi criado juntamente com o início dos conflitos na Faixa de Gaza, e o Hamas é considerado um grupo antissemita, pois também ataca os judeus enquanto povo.

O conflito na Faixa de Gaza

A Faixa de Gaza é um dos territórios mais conflituosos do mundo, tendo sido palco de uma disputa que se estende desde 1967, quando Israel invadiu a Cisjordânia e a Faixa, na terra que antes era conhecida como Palestina, local também muito associado ao “lar original” dos judeus, na Bíblia.

É um território de 41 quilômetros de comprimento e 10 quilômetros de largura. Faz fronteira com o Egito, com Israel e o Mar Mediterrâneo, e abriga cerca de 2,3 milhões de pessoas. Segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU), 80% da população da Faixa de Gaza depende da ajuda internacional.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *