Brasileiros na Faixa de Gaza, também tentam saída pelo mesmo local
Os Estados Unidos acusaram neste domingo (15) o Hamas de impedir um acordo para que civis possam sair da Faixa de Gaza pela fronteira entre o sul e o Egito .
Segundo o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, tanto o governo egípcio quanto o israelense, que negociam a saída com mediação dos EUA, já concordaram em criar o corredor para estrangeiros, mas o grupo terrorista, travou a abertura, afirmou Sullivan.
“Os egípcios concordaram em permitir que os americanos cruzassem a fronteira por Rafah (a cidade fronteiriça). Os israelenses garantiram que tentariam, no que cabe a eles, manter a área segura. Ontem (14) tentamos retirar um grupo (de cidadãos norte-americanos), mas a questão foi que o Hamas impediu que isso acontecesse”, disse o conselheiro, em entrevista à rede norte-americana CBS.
Neste domingo (15), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, foi ao Cairo, no Egito, onde se reuniu com o presidente do país, Abdel Fattah al-Sisi, para pressioná-lo a abrir os postos de controle.
Localizada entre o sul de Gaza e o nordeste do Egito, Rafah é a única saída da Faixa de Gaza fora das fronteiras com Israel. Por conta disso, se tornou um ponto de concentração para milhares de palestinos e centenas de estrangeiros que tentam deixar a região de conflito.
Desde de quinta-feira (12), os governos de Israel e Egito negociam a abertura do posto de controle para a passagem de civis. À Associated Press e a rede de TV Al-Jazeera, as autoridades dos dois países informaram ter chegado a um acordo, mas não especificaram quando a fronteira seria aberta.
O possível acordo prevê apenas a saída de estrangeiros: e o Hamas e o presidente do Egito já afirmaram que cidadãos palestinos não serão permitidos nessa passagem.
O ministro Mauro Vieira disse na última sexta-feira (13) que os cidadãos brasileiros deveriam pegar a aeronave presidencial próximo à fronteira com o território palestino, no Egito, caso fosse possível.
Na última sexta-feira (13), o exército de Israel havia estabelecido um prazo de 24 horas para que moradores da região norte da Cidade de Gaza e arredores deixassem suas casas em direção ao sul.
O prazo foi entendido para hoje, domingo (15).