Baixa do nível da água do rio mostra desenhos nas pedras da Praia das Lajes na capital do Amazonas
Gravuras rupestres esculpidas em paredes rochosas há mais de mil anos voltaram a aparecer, 13 anos depois, em Manaus, com a baixa do nível das águas provocada pela seca no Rio Negro.
As imagens já haviam sido registradas em 2010 e estão localizadas dentro da área urbana da capital amazonense, em uma região conhecida como “Ponta das Lajes”.
O local é pitoresco e de onde se tem uma vista privilegiada para o Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões. A área foi a primeira de Manaus a ser registrado no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA) do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Ele abrange uma área que inclui encostas de terra preta, fragmentos cerâmicos e urnas funerárias, além das gravuras. Grande parte, porém, desapareceu por ações humanas e obras sem salvaguarda suficiente.
Os primeiros registros dessas gravuras milenares, que por muito tempo ficaram submersas, foram feitos quando as águas escuras do rio baixaram até 13,63 metros em 2010.
A região é um sítio Arqueológico pré-colonial de ocupação estimada em 1000 a 2000 anos, com figuras antropomorfas (humanas).
O nível das águas continua baixando e, nesta quinta-feira (19), a cota do Rio Negro está em 13,29 metros, o mais baixo em 121 anos desde que começaram as medições.