Demissões de Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Izycki dos cargos de oficiais de inteligência da agência foram publicadas em edição extra do Diário Oficial da União nesta sexta.
Dois servidores da Abin foram am demitidos nesta sexta-feira (20) depois de terem sido presos em operação da Polícia Federal que investiga o de uso de sistemas de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial no governo Bolsonaro.
A demissão foi publicada em edição extra do Diário Oficial e o governo publicou uma nota:
A Casa Civil da Presidência da República informa que foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, na noite desta sexta-feira (20), a demissão dos servidores Eduardo Izycki e Rodrigo Colli da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
A decisão foi tomada após constatada a participação, na condição de sócios representantes da empresa ICCIBER/CERBERO, de pregão aberto pelo Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro (pregão nº 18/2018-UASG 160076).
O pregão tinha por objeto a aquisição de solução de exploração cibernética e web intelligence capaz de realizar coleta de dados e diversas fontes da internet.
Eduardo Arthur Izycki, era oficial da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), teria chantageado colegas para não perder seu cargo, em um processo administrativo interno do órgão.
Ele é investigado dentro da Abin há anos porque uma empresa registrada no nome do pai dele, a Icciber Segurança Cibernética, tentou um contrato com o Exército Brasileiro em 2018, para prestar um serviço na área de soluções de exploração cibernética e web intelligence.
Eduardo Arthur era da área de contra inteligência cibernética e o contrato com o Exército seria um conflito de interesse, além de ir contra a exclusividade exigida pelo seu cargo na Abin. Representantes de empresas rivais no processo seletivo do Exército perceberam a irregularidade e a situação foi denunciada para a Abin. A suspeita é que o oficial da Abin seria o verdadeiro dono da Icciber.
Próximo de Eduardo Arthur, o outro servidor preso na operação da PF, Rodrigo Colli, também responde a processo administrativo e também teria chantageado colegas.
segundo a investigação da PF, Eduardo Arthur e Rodrigo Colli passaram a chantagear servidores, demonstrando que eles tinham conhecimento de uma grave irregularidade envolvendo funcionários da inteligência brasileira: a espionagem ilegal dos celulares de autoridades.