Russos estupraram, torturam e sequestraram crianças na Ucrânia, diz relatório da ONU

Soldados de Putin violentaram repetidamente meninas de 16 anos, torturaram e mataram

A Organização Das Nações Unidas (ONU) encontrou novas provas de que as tropas russas cometeram deliberadamente crimes de guerra na Ucrânia, incluindo assassinatos, estupros e sequestro de crianças ucranianas.

O relatório finalizado na sexta-feira, 20, diz que “os depoimentos das vítimas também apontaram o uso sistemático e generalizado da tortura em vários centros de detenção russos”.

O relatório, elaborado por um painel encomendado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, focou as regiões do sul de Kherson e Zaporizhzhia, onde as forças russas rapidamente tomaram território no início da sua invasão em grande escala no ano passado e as informações eram difíceis de serem obtidas, antes de parte das regiões serem retomados pelos soldados ucranianos.

Ao contrário do centro-norte da Ucrânia, onde as forças de Kiev libertaram rapidamente a população das mãos das tropas russas, partes destas duas regiões ainda permanecem sob o controle de Moscou e são inacessíveis às organizações internacionais,o que dificulta as investigações que estão demonstrando serem reais as informações sobre os crimes de guerra das tropas de Putin que violam os direitos humanos e colocam em risco milhões de pessoas.

A Onu entrevistou  mais de 450 vítimas e testemunhas em áreas libertadas das mãos de Putin pelas tropas ucranianas, ou com aquelas que fugiram de território controlado pela Rússia, o relatório documenta o uso de choques eléctricos contra prisioneiros acusados ​​de apoiar as forças ucranianas, o estupro de mulheres com idades entre 16 e 83 anos e o sequestro de crianças ucranianas levadas para território russo. Estes sequestro já haviam rendido a Vladimir Putin uma condenação no Tribunal Penal Internacional como criminoso de guerra.

O relatório mostra que os crimes de “estupro e outras violências sexuais foram frequentemente cometidos juntamente com atos adicionais de violência contra as vítimas, incluindo espancamentos severos, estrangulamento, sufocamento, cortes, disparos próximos à cabeça e homicídio doloso”.

Em fevereiro de 2022, Jair Bolsonaro defendeu Putin e disse que falar em massacre russo em território ucraniano é um “exagero”. “Não há interesse por parte de um chefe de Estado em praticar massacre com quem quer que seja. Ele [Putin] está se empenhando em duas regiões da Ucrânia”, garantiu o então presidente.

Em maio de 2022, Lula disse à revista Time que “as pessoas estão estimulando o ódio contra o Putin”. Em janeiro de 2023, declarou que, “quando um não quer, dois não brigam”. Em setembro de 2023, afirmou que, se Putin vier ao Brasil, “não há por que ele ser preso”, ignorando a mandado de prisão aberto contra o tirano russo pelo TPI, tribunal que o petista ainda tentou desqualificar, alegando que “os países emergentes são signatários de coisas que prejudicam eles mesmos”.

No mundo encantado de Lula e Bolsonaro, tortura seria ler o relatório da comissão da ONU.

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