Governador disse que operação que matou miliciano Faustão é estratégia para prender outros três chefões do crime no estado
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) disse que o caos provocado pela milícia no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (23) foram “ações terroristas”.
Castro afirmou em entrevista coletiva que a morte do miliciano Matheus da Silva Rezende em operação da Polícia Civil, nesta segunda-feira (23), que desencadeou os ataques aos ônibus e o sistema de transporte do Rio, faz parte da estratégia de prender três principais criminosos do estado, conhecidos como Zinho, Tandera e Abelha.
Zinho, comanda a maior milícia do Rio desde 2021. Ele comanda a milícia de Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, na Zona Oeste.
Já Tandera é chefe de outra milícia. Criminoso, que se infiltrou na política negociando apoio a candidatos da Baixada Fluminense, tem pelo menos 10 anos de vida no crime, sempre ligado a grupos paramilitares e exercendo cargos de chefia.
Abelha é chefe do Comando Vermelho, a maior facção do tráfico do Rio de Janeiro.
Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o “Abelha” faz parte do “conselho” do Comando Vermelho, que, segundo a polícia, tem como funções: o planejamento estratégico e execução tática; coordenação de atos ilícitos; invasões territoriais às comunidades dominadas por grupos rivais; ataques a policiais; escolha das lideranças locais; organização financeira; vinganças; entre outros crimes.
Sobre s morte de Faustão, Cláudio Castro disse que “No meio da operação, houve uma resistência e depois veio a óbito o Matheus Rezende, conhecido como Faustão ou Teteu. Ele era responsável pela guerra e também pela união com o tráfico, com as narcomilicias. Alguns dizem que ele era preparado para ser o sucessor do miliciano Zinho.”
O governador também diz que espera prender Zinho “nas próximas horas”.
“Foi uma operação que aconteceu de manhã. O 02 da facção foi morto. Estamos atrás de prender o miliciano Zinho, esperamos nas próximas horas obter sucesso.”