IBGE divulga pesquisa que mostra quanto ganham entregadores e motoristas por aplicativos e quantas horas trabalham por semana

Levantamento inédito do IBGE mostra que maioria é homem com menos de 40 anos de idade e nível intermediário de ensino

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (25) um levantamento inédito que traz o perfil dos proissionais que trabalham para plataformas de aplicativos, como motoristas e entregadores. A pesquisa revela que a maioria desses profissionais é homem, com idade média entre 25 e 39 anos e morador da região Sudeste e recebem salário médio de R$ 2.645,00.

Além de entregadores e motoristas, o levantamento inclui outros profissionais que utilizam aplicativos para prestar seus serviços gerais, como eletricistas e faxineiros, ou funções mais específicas como serviços de Tecnologia da Informática, designers e outros.

Os dados foram coletados no 4° trimestre de 2022. Naquele momento haviam 1,5 milhão de trabalhadores por meio de aplicativos, o que representa 1,7% da população ocupada no setor privado. Além deles, 0 IBGE levantou também que outras 628 mil pessoas utilizavam plataformas de comércio para trabalhar com venda de seus produtos pela internet, em grandes ou pequnos sites, como o Mercado Livre, por exemplo.

A pesquisa também aponta que há agora, 2,1 milhões de pessoas trabalhando por meio de aplicativos de serviço no Brasil, dos quais 61,3% possuem ensino médio completo ou superior incompleto.

Segundo a pesquisa, 704 mil motoristas trabalham por aplicativos de transporte de passageiros tipo o Uber, o que representa 47,2% . Eram 589 mil os que trabalhavam com entrega de comida e produtos, o que representa 39,5% dos trabalhadores desta modalidade.

Do total da população ocupada no Brasil (87,2 milhões de pessoas), 2,1 milhões realizam trabalho por meio de plataformas digitais de serviços ou obtêm clientes e efetuam vendas por meio de plataformas de comércio eletrônico no trabalho principal. Desse total, 1,490 milhão de pessoas trabalham por meio de aplicativos de serviços (1,7%), e 628 mil utilizam plataformas de comércio.

O maior percentual mora no Sudeste, que concentra 57,9% (862 mil pessoas) do total de pessoas que trabalham por meio de aplicativos de serviços.

Na pesquisa do IBGE, os trabalhadores poderiam responder que atuavam em mais de um tipo de aplicativo. Foi constatado que, do total de 1,5 milhão de trabalhadores de plataformas, 52,2% (778 mil) exercem o trabalho principal por meio de aplicativos de transporte de passageiros, em ao menos um dos dois tipos listados (de táxi ou excluindo táxi).

Na distribuição por sexo, o levantamento mostrou que a maioria dos trabalhadores por aplicativos são homens (81,3%). Na lista geral de trabalhadores ocupados no Brasil, os homens são 59,1%.

Enquanto entre os trabalhadores brasileiros em geral, 60,8% contribuíram para instituto de previdência, entre os trabalhadroes por aplicativos, a porcentagem é de apenas 35,7%.

O rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores por aplicativo é 5,4% maior do que a média salarial das pessoas que não utilizam plataformas para trabalhar.

Isso não acontece, no entanto, com os profissionais de todos osveis de escolaridade. Entre as pessoas com nível superior completo, o rendimento é 19,2% menor que o daqueles que não trabalham por meio de aplicativos de serviços.

Os trabalhadores por aplicativos também têm uma jornada de trabalho habitual mais extensa do que a dos demais ocupados com média de 47,9 horas semanais.

O levantamento do IBGE analisou informações em Cooperação Técnica com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT), com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Foram coletados dados do 4º trimestre de 2022, envolvendo a população ocupada de 14 anos ou mais de idade, e foram desconsiderados os empregados no setor público e militares

 

 

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