Grande São Paulo teve 900 chamados para quedas de árvores e aeroporto de ficou sem luz
Segundo levantamento da Defesa Civils, as intensas chuvas registradas no estado de São Paulo na tarde desta sexta-feira (3), deixaram seis mortes e cidades da capital e da Região Metropolitana continuam sem energia elétrica, há mais de 12 horas depois do temporal, por conta de quedas de postes e de árvores sobre o sistema elétrico.
Defesas Civis do estado e o Corpo de Bombeiros registraram mais de 2.000 chamados para ocorrências relacionadas às chuvas em 40 municípios paulistas.
Os seis óbitos, segundo a Defesa Civil, estão relacionados justamente às causas da chuva, como queda de árvores, muros e paredes.
Na capital, 2 pessoas morreram na Zona Leste em virtude de queda de árvore sobre veículos na Av. Eduardo Sabino de Oliveira.
Em Osasco, uma pessoa morreu após a queda de uma árvore sobre um muro, que também atingiu um veículo na Av. Luís Rink.
Em Santo André, uma pessoa morreu após a queda da parede do 18º andar de prédio em construção na na Rua Mendes Leal.
Em Limeira, uma morte foi causada pela queda de um muro sobre pessoa no bairro Marajoara.
Em Suzano, uma morte foi causada pela queda de uma árvore sobre a pessoa na Av. Antônio Marques Figueira, Vila Adelina.
As fortes chuvas durante a tarde provocaram muitos estragos e alagamentos. Houve mais de mil chamados para quedas de árvores na região metropolitana, dois chamados para enchentes e 46 para desabamento/desmoronamento
A ventania chegou a mais de 100 quilômetros por hora na Grande São Paulo.
Até viaturas da Força Tática, da Polícia Militar de São Paulo, foram atingidas. A árvore atingiu a fiação elétrica local e os bombeiros foram acionados para atender a ocorrência, que deixou dois mortos e cinco feridos.
Os feridos foram socorridos com escoriações no Pronto Socorro do Hospital Tide Setubal.
Árvores caíram sobre veículos na Av. Eduardo Sabino de Oliveira, Jd. Helena, na Zona Leste de São Paulo.
Durante a tarde, o Corpo de Bombeiros recebeu 1.281 chamados para quedas de árvores na capital paulista, após às 16h. A Prefeitura de São Paulo ainda não soltou um balanço de quantas árvores caíram na cidade por causa das chuvas.
O Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, teve que fechar na tarde desta sexta-feira após fortes rajadas de vento e a chuva deixarem o local sem luz.
Um jato executivo apresentou problemas no sistema de freios durante a aterrissagem. A pista principal ficou fechada entre 16h13 e 17h30, devido ao procedimento para retirar a aeronave da pista. Além disso, as rajadas de vento teriam causado danos a um hangar.
A forte chuva provocou uma queda de energia no terminal de passageiros do aeroporto. “Os geradores já foram acionados, e a Aena trabalha junto à concessionária de energia para reestabelecer a situação. Também registramos a queda de uma árvore numa das vias de acesso ao terminal. Um carro foi atingido, mas ninguém se feriu”, informou a empresa Aena, que administra o aeroporto, pouco depois das 18h.
Em Guarulhos, sete voos foram alternados para outros aeroportos por causa das condições do tempo. Às 18h10, o aeroporto internacional funcionava normalmente para pousos e decolagens. A concessionária GRU Airport não registrou nenhum dano por causa do temporal.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que a cidade passou por um período excepcional de chuva por quase duas horas, onde as rajadas de vento atingiram 104 km/h.
“A chuva que caiu na Capital, na Região Metropolitana e Baixada Santista hoje foi excepcional. A capital paulista ficou em estado de atenção por quase 2 horas. Tivemos rajadas de ventos, em alguns locais, como na região de Congonhas que chegou a 104 km/h. Estou acompanhando às equipes, constitui um grupo de trabalho e estaremos todos empenhados para que a Cidade retome a sua normalidade o quanto antes”, disse o prefeito, em uma rede social.