Parentes de reféns sequestrados pelo Hamas cobram de Israel resgate “Agora” em marcha

Civis caminham de Tel Aviv para Jerusalém pedindo ação do governo de Israel para soltar crianças, mulheres, homens e idosos sequestrados pelo Hamas, em 7 de outubro

Parentes de vítimas sequestradas que estão nas mãos de terroristas do Hamas, sendo usadas como escudo humano contra as forças de Isarael, iniciaram uma marcha para cobrar do governo de Israel e pedir ao mundo apoio para a libertação dos reféns.

A marcha foi batizada de ” Agora” para deixar claro que é um pedido para a libertação imediata de crianças, homens, mulheres e idosos que foram levados pelos terroristas para a Faixa de Gaza no mesmo dia de milhares de assassinatos de outras crianças, mulheres, homens e idosos desarmados.

No dia 7 de outubro passado, o israelense Yuval Haran, 36 anos, teve o pai, Avshalom Haran (66); e dois tios, Eviatar Kipnis (65) e Lilach Kipnis (60), assassinados pelo Hamas, durante ataque ao kibbutz Be’eri, a 6km da Faixa de Gaza. Os extremistas do grupo fundamentalista palestino também sequestraram a mãe de Yuval, Shoshan Heran, 67; a irmã Adi Shoham (38) e seu marido, Tal Shoham (38); os sobrinhos Yahel (3) e Naveh (8); além da tia Sharon Avigdori (52) e do primo Noam (12).

Às 13h desta terça-feira (8h em Brasília), Yuval e integrantes de outras 30 famílias de reféns saíram, a pé, de Tel Aviv rumo a Jerusalém.

Vamos caminhar até o gabinete do primeiro-ministro (Benjamin Netanyahu) e diremos a ele: ‘Você tem que trazer nossos familiares agora!’. Ele é o premiê e precisa resgatar os cidadãos de Israel”, disse Yuval à uma rede de TV israelense.

Segundo Yuval, a previsão é de que a marcha chegue a Jerusalém neste sábado (18). “Esperamos que a população se una a nós, em apoio aos familiares de reféns. Sabemos que todos falam sobre ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Mas, e sobre o alívio humanitário aos reféns? Queremos que o mundo inteiro ouça o nosso choro”, desabafou Yuval, técnico em informática em Be’eri. “Há um bebê de 10 meses, além de minha sobrinha, de três anos, e de outras 37 crianças. Há idosos, e não sabemos se eles têm acesso a medicamentos. Queremos que o mundo nos escute, assim como o Parlamento e o gabinete de guerra. E que nos digam que fazem de tudo para trazer os nossos familiares de volta“,

Nos atentados contra o sul de Israel, os terroristas do Hamas invadiram mais de 20 kibbutzim, e uma festa rave, a Universo Paralello e mataram 1.400 pessoas desarmadas, além de sequestrarem pelo menos 242.

A festa rave Universo Paralello foi criada no Brasil pelo pai do DJ Alok que estava no momento do atentado e escapou com vida. Ésta era a primeira edição da festa em Israel.

 

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