Padre Egídio fez gastos milionários com dinheiro desviado do hospital Padre Zé e de outras instituições que recebem dinheiro público
O padre Egídio de Carvalho foi preso na manhã desta sexta-feira (17), durante a segunda fase da Operação Indignus, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
Após o cumprimento do mandado prisão, ele foi encaminhado para o Instituto de Polícia Científica (IPC), onde passou por exame de corpo de delito. Depois, ele foi conduzido para Central de Polícia no bairro do Geisel, onde vai permanecer à disposição da Justiça.
O Gaeco afirma que as investigações revelaram um esquema estimado em cerca de R$ 140 milhões.
A decisão judicial que autorizou a prisão preventiva do padre Egídio de Carvalho Neto traz uma série de detalhes sobre as suspeitas que cercam o religioso. E aponta uma vida de luxos e excessos, com gastos milionários que ultrapassam em muito a sua renda mensal.
O padre é suspeito de ser dono de 29 imóveis considerados de alto padrão, localizados na Paraíba, em Pernambuco e em São Paulo, e de investir altos valores em vinhos, decorações e obras de arte. O padre está preso e vai passar por audiência de custódia.
Egídio de Carvalho Neto é o ex-diretor do Hospital Padre Zé, que era gerido pelo Instituto São José. Ele comandava também a Ação Social Arquidiocesana. São três instituições que recebiam regulares investimentos em forma de doação e de repasse por parte do Poder Público e de onde saíam, segundo as investigações, o dinheiro usado para “construir fortuna em benefício” do padre.