Privatização da Sabesp é aprovada por deputados na Alesp

Depois de muito tumulto na Sessão, proposta recebeu 53 votos a favor e segue para a sanção do governador

A proposta do governador de São Paulo para a privatização da companhia de saneamento (Sabesp) foi aprovado nesta quarta-feira (6), pelos deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Os deputados da oposição abandonaram a sessão depois de um tumulto que teve até confronto entre a Polícia Militar e manifestantes. A polícia chegou a jogar spray de pimenta dentro do plenário. Para ser aprovado, o PL precisava de maioria simples dos votos dos presentes e recebeu 51 votos favoráveis contra apenas um voto contrário.

Após a aprovação, os deputados contrários à privatização disseram que irão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O modelo de privatização proposto pelo governo paulista prevê investimentos de R$ 66 bilhões até 2029, o que representa R$ 10 bilhões a mais em relação ao atual plano de investimentos da Sabesp, e uma antecipação da universalização do saneamento, de 2033 para 2029.

Os investimentos incluem, além da universalização dos serviços, obras de dessalinização de água, aportes na despoluição dos rios Tietê e Pinheiros, e ainda intervenções de prevenção em mudanças climáticas.

Para privatizar a Sabesp, o projeto ainda precisa ser aprovado pela Câmara dos vereadores da cidade de São Paulo.

A Sabesp é uma empresa de economia mista, ou seja, o controle é do estado, que tem 50,3% do seu capital social, mas outra parte é negociada em ações nas Bolsas de Valores de São Paulo e Nova York. Sua oferta inicial pública de ações (IPO, na sigla em inglês) foi feita em 2002.

Ela é considerada uma das maiores companhias de saneamento do mundo e atende 375 municípios paulistas, onde vivem 28,4 milhões de pessoas.

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