Congresso Nacional está mobilizado para averiguação das responsabilidades e danos causados pela exploração do sal-gema na capital de Alagoas
A Câmara dos Deputados e o Senado Federal deram passos nesta quinta-feira (7), em direção às investigações parlamentares sobre o afundamento do solo em Maceió, capital de Alagoas.
A comissão externa criada pela Câmara para acompanhar e fiscalizar os danos sociais, ambientais e econômicos marcou sua primeira audiência pública para a próxima terça-feira, 12.
O debate foi solicitado pelo deputado Alfredo Gaspar (União-AL), coordenador do colegiado, e está marcado para às 15h.
“O desastre urbano e ambiental que se deu nos bairros do Mutange, Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto, Flexal e Farol, em Maceió, em virtude da ação empresarial de extração da Braskem, demanda mais respostas e outras medidas de compensação às vítimas atingidas, incluindo entes públicos”, disse o parlamentar.
A comissão externa foi instalada em abril e é composta por 9 deputados, todos de Alagoas.
Já no Senado Federal, líderes partidários fizeram as indicações para instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem.
Os senadores vão investigar a empresa responsável pela crise ambiental que resultou no afundamento do solo em Maceió.
A mineração em Maceió começou na década de 1970, com a Salgema Indústrias Químicas S/A, que depois passou a se chamar Braskem. A área afetada fica na região da Lagoa Munda. Uma das 35 minas de extração de sal-gema da empresa corre o risco de colapsar.
Em 2018, após um tremor de terra, surgiram as primeiras rachaduras em imóveis. Em 2019, após o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmar que a atividade havia provocado instabilidade no solo, a Braskem anunciou o fechamento das minas. Desde então, cerca de 60 mil pessoas tiveram que se mudar do local.