Com a presença de Bolsonaro e Zelensky, presidente da Argentina disse que situação é catastrófica e exige medidas de choque
O novo presidente da Argentina, Javier Milei, disse no primeiro discurso após assumir o cargo, neste domingo (10), que herda um país em estado catastrófico, com alto endividamento e inflação, e que será necessário adotar medidas de choque e cortar gastos para estabilizar a economia.
Milei afirmou que, no curto prazo, a situação deve piorar até que as primeiras medidas comecem a dar resultado. E reiterou que o governo não tem dinheiro: “Lamentavelmente tenho que dizer, no hay plata”.
“Isso impactará de modo negativo a atividade, o emprego, a quantidade de pobres e indigentes. Haverá estagflação [situação em que há estagnação da economia e inflação alta], mas é algo muito diferente do que tivemos nos últimos 12 anos. Será o último gole amargo para começar a reconstruir a Argentina”, disse. “Não será fácil: 100 anos de fracasso não se desfazem num dia, mas um dia começa, e hoje é esse dia.”
A transição do governo estará concluída com um evento de gala no Teatro Colón. Depois, haverá uma cerimônia na Catedral de Buenos Aires.
Quem representou o governo brasileiro no evento foi o ministro das Relações Exteriores (MRE), Mauro Vieira. Compareceram à posse, ainda, o ex-presidente Jair Bolsonaro e os governadores Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e Jorginho Mello.
Entre as autoridades que participaram da posse estavam o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O presidente Lula não foi a Buenos Aires e mandou seu chanceler, Mauro Vieira, como representante do Brasil.