Ministro é amigo de Lula e ajudou a enterrar a Lava Jato, operação que levou empresários bilionários e políticos corruptos para a cadeia, mas foi sufocada pelo STF, PGR e TCU
O aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bruno Dantas foi reeleito presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) em sessão extraordinária nesta quarta-feira (13).
Dantas foi reeleito por mais um ano, em sessão extraordinária.
O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que representa o Legislativo na corte, também foi reeleito para o cargo de vice-presidente.
Em 2022, o ministro Dantas foi um dos principais responsáveis pelo desmonte da Lava Jato. Ele comandou a decisão que resultou, em agosto de 2022, na condenação do ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo_PR) e o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelo modelo de gestão das contas da força-tarefa da operação.
Também relator do caso, Bruno Dantas considerou as contas irregulares, e votou por condenar Dallagnol, Janot e o procurador-chefe do MP no Paraná, José Vicente Beraldo Romão, a ressarcir R$ 2.831.808, além de multa avaliada em R$ 600 mil. A decisão vai contra os pareceres da área técnica do TCU e do Ministério Público de Contas, que consideraram os gastos regulares.
O agora recém reeleito presidente do Tribunal de Contas da União era um dos principais cotados à indicação de Lula para assumir a vaga da ministra aposentada Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele, assim como o advogado-geral da União, Jorge Messias (PT), perderam para o então ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB) que foi aprovado para o STF prisão Senado, também nesta “superquarta”.