Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um alerta de perigo
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo com a chegada de uma nova onda de calor ao Brasil nesta quinta-feira (14).
A partir de hoje, uma nova onda de calor está prevista para atingir extensas áreas do país.
O calor não será tão intenso quanto o registrado em novembro, que resultou em recordes de temperatura, mas ainda assim, apresenta riscos para a saúdede humana e de animais.
O alerta de “perigo”, tem início às 12h00 desta quinta e é válido até às 19h do próximo domingo (17).
Segundo o instituto, serão afetadas áreas do:
- Tocantins,
- Rondônia,
- Maranhão,
- Piauí,
- Bahia,
- Espírito Santo,
- Rio de Janeiro,
- São Paulo,
- Minas Gerais,
- Paraná,
- Santa Catarina,
- Rio Grande do Sul,
- Mato Grosso
E os estados inteiros de:
- Mato Grosso do Sul
- E Goiás,
- além do Distrito Federal.
Para os próximos dias, no centro das atenções, temos locais onde as temperaturas devem atingir entre 40°C e 42°C, incluindo o Mato Grosso do Sul, o sul e leste do Mato Grosso (com destaque para a capital Cuiabá), o sul de Goiás, o noroeste de Minas Gerais e a região oeste da Bahia, especialmente no Vale do São Francisco.
Na faixa de 38°C a 40°C, podemos esperar calor intenso no interior do Piauí, no Maranhão, no leste do Tocantins, no sul e leste de Santa Catarina e no interior de São Paulo. Já em regiões onde as temperaturas devem oscilar entre 37°C e 39°C, destacam-se o norte e oeste do Paraná, o estado do Rio de Janeiro e o Espírito Santo.
A onda de calor não vai ser tão intensa e generalizada quanto a última. Com a proximidade do verão, temos mais umidade, que barra as temperaturas, impedindo que subam mais. Se a gente sobreviveu à última, vamos sobreviver a essa que vai ser menos intensa.
Em Cuiabá, por exemplo, a máxima anterior tinha sido em outubro, quando a cidade chegou a 44,2°C. No interior de São Paulo, algumas cidades registraram máximas acima dos 41°C. Nos dois locais, as máximas devem ser menores.
2023 já está sendo considerado o ano mais quente em 125 mil anos, diz observatório europeu.
A onda de calor acontece uma semana antes da chegada do verão. E, ao contrário do que se imaginaria, é exatamente por isso que ela será menos quente do que a que vimos em novembro.
Em novembro, estávamos no meio da primavera. Uma das características é que se trata de uma estação seca, com pouca chuva e nuvens. Sem nuvens para impedir a passagem do calor e umidade para dissipar as máximas, as temperaturas ficaram muito altas em um fenômeno de onda de calor.
Agora, nos aproximamos do verão. Com isso, temos mais umidade e mais nuvens, o que faz com que o calor não seja tão intenso como o que vimos antes.
Geralmente, os picos de temperaturas mais altas do ano ocorrem nas estações secas. Agora, começa a estação chuvosa. Então, é menos provável que ocorram temperaturas tão altas.
Os especialistas explicam que uma coisa não tem relação com a outra, mas que o verão vai ser mais quente que o normal.
A onda de calor acontece quando temos uma alta de até 5°C na temperatura média do período por vários dias. Só que esse é um fenômeno isolado, que não interfere na temperatura da estação.
O que vamos ter esse ano é uma influência do El Niño forte sobre o verão. Isso não acontece há três anos, quando passamos a estação com La Niña, que suaviza as temperaturas extremas.