Decisão não é definitiva e tem vigência apenas para a eleição presidencial e acontece depois que Colorado impediu candidatura de ex-presidente dos EUA
O estado do Maine impediu nesta quinta-feira (28) o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump a concorrer nas urnas estaduais nas eleições primárias presidenciais do próximo ano, tornando-se o segundo estado a barrar o ex-presidente por seu papel no ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio.
A secretária de Estado do Maine, Shenna Bellows, uma democrata, concluiu que Trump, o candidato republicano incitou uma insurreição quando espalhou falsas alegações sobre fraude eleitoral nas eleições de 2020 e depois instou os seus apoiantes a marcharem para invadir o Capitólio que no Brasil, é chamado de Congresso Nacional.
“A Constituição dos EUA não tolera um ataque às fundações do nosso governo”, escreveu Bellows numa decisão de 34 páginas.
A decisão pode ser apelada para um Tribunal Superior estadual, e Bellows suspendeu sua decisão até que o tribunal decida sobre o assunto.
A campanha de Trump disse que apresentaria rapidamente uma objeção à decisão “atroz”.
Os advogados de Trump contestaram que ele se tenha envolvido numa insurreição e argumentaram que os seus comentários aos apoiantes no dia do motim de 2021 foram protegidos pelo seu direito à liberdade de expressão.
A decisão se aplica apenas às eleições primárias de março no Maine, mas pode afetar o status de Trump nas eleições gerais de novembro. A decisão provavelmente aumentará a pressão sobre o Supremo Tribunal dos EUA para resolver questões sobre a elegibilidade de Trump a nível nacional ao abrigo da disposição constitucional conhecida como Secção 3 da 14ª Emenda.