Em primeiro discurso depois de vencer com folga primeiras prévias do Partido Republicano na corrida para a Casa Branca, ex-presidente disse que vai fechar fronteiras
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump em seu primeiro discurso após vencer as primeiras prévias do Partido Republicano para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, em Iowa, afirmou que os EUA estão sendo “invadidos” chamou imigrantes do país de terroristas e disse que vai “fechar a fronteira” entre Estados Unidos e México.
Trump prometeu um “nível de deportações que não vemos desde Dwight Eisenhower“, presidente dos EUA na década de 1950 que conduziu um programa de expulsão de mais de 1 milhão de imigrantes.
Sem citar números nem apontar evidências, Trump afirmou que “muitos terroristas estão vindo” e que “hospitais psiquiátricos estão sendo esvaziados” e os pacientes estão migrando para os Estados Unidos.
“Nós vamos fechar a fronteira. Porque neste momento temos uma invasão, de milhões e milhões de pessoas vindo para o nosso país. Eu não posso imaginar porque eles acham que isto é algo bom, isto é algo muito ruim. Não podemos ter isso. Não é sustentável como país. É horrível“, discursou Trump.
No discurso, Trump chamou o presidente dos EUA, Joe Biden, de “o pior presidente que já tivemos na história do nosso país. Ele está destruindo nosso país“. E afirmou que, “ao redor do mundo, as pessoas estão rindo dos Estados Unidos“.
“E eles estão vindo de prisões, de países que a maioria das pessoas nem nunca ouviu falar, de ‘sanatórios mentais’, de hospitais psiquiátricos que estão sendo esvaziados. E são terroristas. Muitos terroristas estão vindo. Em 2019, eu vi recentemente em uma pesquisa, eles não tinham nenhum terrorista. E assim que ‘esse grupo’ assumiu (a presidência), eles têm centenas e centenas de terroristas e muitos são muito maus”, disse Trump.
O discurso de envenenamento da raça americana é encampado pelos eleitores republicanos. Uma pesquisa da CBS divulgada nesta segunda-feira (15) aponta que 72% dos republicanos entrevistados concorda com a tese de que estrangeiros estão “envenenando o sangue” americano.