Ex, preso pelo assassinato, monitorava enfermeira grávida 24h no Espírito Santo, mas Justiça não concedeu medida protetiva

Vítima de feminicídio solicitou proteção, mas pedido não andou e ela foi encontrada morta há uma semana

Uma semana depois que o corpo da enfermeira Íris Rocha, grávida de oito meses, ter sido encontrado às margens de uma rodovia rural do município Alfredo Chaves no Espírito Santo, a Polícia Civil do Estado prendeu nestaquinta-feira (18), o ex-namorado dela, suspeito do assassinato.

Cleilton Santana dos Santos, de 27 anos, era considerado foragido e é o principal suspeito.

Cleilton Santana dos Santos agredia a vítima segundo boletim de ocorrência com pedido de proteção que não foi emitido

Em outubro de 2023, Íris chegou a registrar um boletin de ocorrência, no qual relatava agressões e ameças, e pediu uma medida protetiva contra o ex. O pedido não tramitou, segundo a plolícia, por uma mudança de sistemas.

O delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda, informou que designou à Corregedoria que abra uma investigação sobre o fato de não ter sido concedida a medida protetiva para a enfermeira.

Uma perícia no corpo de Iris indicou que ela foi atingida por, pelo menos, dois disparos na região do tórax.

O corpo da enfermeira foi encontrado coberto com cal na estrada que liga Matilde à comunidade de São Bento de Urânia, localizada na mesma cidade.

Segundo o governador do estado, Renato Casagrande (PSB), “o principal suspeito do brutal assassinato da enfermeira Íris Rocha está preso. Resposta rápida e eficiente das nossas forças policiais comprovando que esse crime cruel, assim como qualquer crime, não será tolerado e será combatido com rigor”, disse o governador.

Nesta quinta, após a prisão do suspeito, a polícia detalhou que ela sofria agressões físicas e que só usava roupas longas, provavelmente para esconder marcas de agressão.

A polícia detalhou que o suspeito se passava por policial e que, na casa dele, encontou distintivos falsos. Os agentes também apreenderam o carro do suspeito, que passará por perícia.

A enfermeira Íris Rocha era mãe de um menino de 8 anos e estava grávida de oito meses. Ela morava no bairro de Jacaraípe, na cidade de Serra (ES).

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