Governo do PT dá com uma mão e tira com outras dizem queixas nas redes sociais
Segundo a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional), os contribuintes que ganham dois salários mínimos voltarão a pagar Imposto de Renda É o que aponta um estudo recente da Unafisco.
A última atualização da tabela do Imposto de Renda foi em maio do ano passado. Na ocasião, o governo federal alterou a faixa de isenção de R$ 1.903 para R$ 2.640 por mês, com isso, quem recebia o equivalente a dois salários mínimos na época não precisava pagar imposto de renda.
O suposto alívio nas contas de quem ganha pouco durou pouco. A partir de 1º de janeiro deste ano, com o reajuste do mínimo para R$ 1.412, quem ganha até dois salários mínimos passou a ter uma renda mensal de R$ 2.824, valor que, portanto, ultrapassa a faixa de isenção, que, até agora, não foi corrigida, mesmo com o reajuste do salário mínimo.
Ainda não ficou esclarecido pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se foi apenas incompetência de não prever o que aconteceria com o reajuste da inflação que assola o país, ou se houve descaso com os que menos recebem no país.
O fato é que o governo Lula ainda não tomou nenhuma medida para voltar a isenção aos pobres e já está sendo pressionado nas redes sociais. “Deu com uma mão e tira com outras” diz um internauta inconformado”.
O presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, Mauro Silva, calcula que cerca de 2 milhões de pessoas que eram isentas passarão a pagar Imposto de Renda:
“Há uma parcela da remuneração de quem ganha dois salários mínimos que vai ser tributada, equivalendo aí a um despeio mensal de R$ 13,80 para essa pessoa que ganha dois salários mínimos. Isso tudo em virtude, portanto, da não correção da tabela. Então é muita gente está pagando imposto de renda indevidamente e de forma a concretizar uma injustiça tributária”.
Durante a campanha eleitoral de 2022, o presidente Lula prometeu isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil ao longo dos quatro anos de mandato, mas a promessa já é dada como falsa na internet e realmente não foi cumprida. As desculpas são muitas e passam desde a necessidade do governo de aumentar a arrecadação para alcançar neste ano a meta de zerar o chamado déficit das contas públicas – ou seja, chegar ao equilíbrio entre os gastos do próprio governo e a arrecadação, até por a culpa no Congresso que não aprovaria.
Fato é que o brasileiro paga sempre a conta e o governo vai na direção oposta das promessas aumentando seus gastos e consequentemente a necessidade de cobrar mais imposto do trabalhador contribuinte.